De acordo com dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quinta-feira (30), a taxa de desemprego no Brasil caiu para 9,8% no trimestre encerrado em maio.
De acordo com a pesquisa, é o menor nível para o período desde 2015, quando a taxa encerrou em 8,3%. Na comparação com o trimestre anterior (dezembro a fevereiro), houve uma queda de 1,4 p.p.
“Foi um crescimento expressivo e não isolado da população ocupada. Trata-se de um processo de recuperação das perdas que ocorreram em 2020, com gradativa recuperação ao longo de 2021”, diz Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE.
O contingente de pessoas ocupadas atingiu 97,5 milhões e é o maior da série histórica, iniciada em 2021. É uma alta de 2,4% na variação trimestral e 10,6% na taxa anual.
A população desocupada teve queda de 11,5% em relação ao trimestre anterior e ficou em 10,6 milhões de pessoas. No ano, a queda foi de 30,2%.
“O contingente de trabalhadores com carteira vem apresentando uma recuperação bem interessante, já recompondo o nível pré-pandemia. Principalmente no final de 2020 e primeiro semestre de 2021, a recuperação da ocupação estava majoritariamente no trabalho informal”, diz Adriana Beringuy.
No setor privado, a população com carteira assinada subiu 2,8%, atingindo um contingente total de 35,6 milhões de pessoas. Na comparação anual, a alta foi de 12,1%.
A taxa de informalidade em relação a população ocupada atingiu 40,2% 0,1 p.p. acima do registrado no trimestre anterior.
“Com a melhoria no quadro da pandemia, ou seja, com o avanço da vacinação e o relaxamento das medidas de distanciamento social, os serviços mais presenciais, que tinham sido bastante afetados, começam a ter um processo de recuperação mais vigoroso, principalmente os outros serviços, alojamento e alimentação, serviços domésticos, transporte e alojamento”, ressalta a pesquisa.