De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o volume de financiamentos imobiliários saltou em 113% no primeiro trimestre de 2021.
Os valores registrados pela Abecip são recordes. Foram movimentados R$ 43,1 bilhões no primeiro trimestre do ano, com a venda de pelo menos 187,6 mil unidades no período.
Embora a pandemia do novo Coronavírus tenha prejudicado todos os setores nos primeiros meses do ano, o interesse do brasileiro em ter a casa própria em 2021 só cresce. Isso, somado aos juros baixos e bom ciclo, beneficia o setor, que está aquecido.
Mesmo com o recente aumento da taxa básica de juros do país, a meta Selic, pelo Banco Central, a mudança demora um pouco para ser sentida no setor imobiliário, que segue com taxas baixas de financiamentos. Mesmo assim, uma taxa a 3,50% continua baixa quando comparada a anos atrás.
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Resultado do setor imobiliário em 2020 é o mais alto desde 2014
Todos esses fatores fizeram com que a Abecip projetasse um crescimento de 34% em 2021, ante a releitura feita de 27%. Segundo a associação, o ano deve movimentar R$ 170 bilhões.
“Os preços dos imóveis ainda não recuperaram as perdas do fim da década passada. Desde o pico, em dezembro de 2014, os preços estão 24% mais baixos em termos reais segundo o Índice FipeZap residencial, disse Eduardo Zylberstajn, consultor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ao Estadão.
Segundo o consultor, saber se é a hora ou não de comprar um imóvel parte das prioridades de cada família:
“Agora, uma boa hora para comprar sempre é algo muito peculiar de cada família. As pessoas devem ponderar sempre quanto tempo pretendem ficar no imóvel, levando em conta aspectos de planejamento familiar e profissional”.
Foto: Agência Brasil / Reprodução