Reafirmando sua posição do início da semana, o ministro Paulo Guedes disse ter desistido da tributação sobre transações virtuais, movimento apelidado de “nova CPMF”. Em uma audiência da Comissão de Educação, o ministro sinalizou a tributação de dividendos e comentou sobre gastos na educação.
Após a publicação do Produto Interno Bruto (PIB), que fixou em 1,2% no primeiro trimestre, inúmeras instituições financeiras inflaram suas projeções quanto à economia brasileira em 2021.
A agenda econômica deve ser marcada pela publicação do Livro Bege pelo Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed). O relatório é um bom termômetro econômico do país, e pode provocar mudanças em políticas nas próximas semanas.
No aguardo pela publicação dos índices, o mercado europeu inicia a manhã de forma positiva, enquanto o mercado asiático fecha a quarta-feira (02) de forma mista.
Esses e outros destaques você confere agora.
GUEDES SINALIZA QUE REFORMA TRIBUTÁRIA VAI TRIBUTAR DIVIDENDOS
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em uma audiência da Comissão de Educação que a Reforma Tributária deve tributar dividendos. Na mesma audiência, comentou sobre o imposto sobre transações bancárias, apelidado de “nova CPMF”.
O ministro, porém, não quis comentar muito sobre o assunto, e disse que desistiu da pauta. “Parei de falar, deixa para um próximo capítulo”.
A nova tributação é especialmente polêmica e não possui sinalizações claras vindas do Planalto. Embora a pauta tenha sido discutida durante meses, com aval do presidente Bolsonaro de uma alíquota de no máximo 0,1%, Guedes afirmou desistência por conta de empecilhos no Congresso Nacional.
O ministro comentou sobre pedidos para mais recursos para a área da educação:
“Ministros têm sempre muitas ideias, um quer fazer uma ponte pra lua, outro quer fazer um marco histórico que vai mudar a vida do País. Aí começa a gastar dinheiro, aí a dívida pública vai subindo, o endividamento em bola de neve e vamos parar onde estamos hoje”, disse Guedes.
BOM RESULTADO DO PIB FAZ INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS REVISAREM PREVISÕES
Os bons resultados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro provocaram revisões em grandes instituições financeiras.
O PIB fechou em 1,2% no primeiro trimestre do ano, ficando um pouco acima das projeções. O índice de crescimento econômico foi impulsionado pela retomada da normalidade nos serviços e medidas mais brandas de restrição.
Confira as novas projeções das instituições financeiras:
- Credit Suisse: de 4,0% para 4,9%;
- Goldman Sachs: 4,6% para 5,5%;
- Citi: 3,6% para 5,1%;
- Barclays: 4,3% para 4,8%;
- Bradesco: 3,3% para 4,8%;
- BNP Paribas: 4,5% para 5,5%;
- Bank of America: 3,4% para 5,2%.
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AGENDA
Às 5h, o IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, aumentou 0,41% em maio, ficando um pouco abaixo das expectativas de economistas.
Às 9h, os dados da produção industrial brasileira referente ao mês de abril são publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As expectativas apontam para um crescimento de 0,1% ante as perdas de -2,4% em março.
Na Zona do Euro às 6h, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) referente ao mês de abril foi publicado. A expansão foi de 1,0%, ficando um pouco acima das projeções. no mês anterior, o IPP havia ficado em 1,1%.
Às 8h nos Estados Unidos, o Índice do Mercado de Hipotecas semanal foi publicado. O índice pontuou 665,9, abaixo das projeções de 693,7.
O destaque do dia para o mercado dos EUA é a publicação do Livro Bege às 15h pelo Fed. Esse relatório compõe análises importantes da economia do país, que está em expansão com o plano de retomada via juros baixos e planos fiscais trilionários.
Dependendo dos resultados, o Fed pode tomar decisões a fim de tentar controlar índices inflacionários, como o aumento de juros que estão em baixa recorde no país.
BOLSAS E CÂMBIO
Dados econômicos dos EUA, dessa vez do mercado imobiliário, devem marcar o dia econômico das bolsas mundiais.
Pela manhã, os índices europeus apresentaram resultados positivos.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,22%, indo a 451,07 pontos
- DAX (GDAXI): +0,16%, indo a 15.591,55 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,31%, indo a 7.102,75 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,32%, indo a 6.509,97 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,31%, indo a 25.399,50 pontos
Assim como na Europa, as bolsas asiáticas fecharam a quarta-feira (02) no aguardo pela publicação de dados econômicos.
A inflação dos EUA segue sendo um fator de preocupação, podendo gerar altas nos juros básicos do país e esfriando o mercado de commodities.
- Hang Seng (HK50): -0,76%, indo a 29.268,62 pontos
- KOSPI (KS11): +0,07%, indo a 3.224,23 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -0,76%, indo a 3.597,14 pontos
- Nikkei 225 (N225): +0,46%, indo a 28.946,14 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,97%, indo a 5.289,97 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados mistos:
- Nasdaq 100 Futuros: -0,01%, indo a 13.646,75 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,18%, indo a 34.611,50 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,06%, indo a 4.200,88 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (02):
- Às 9h03, o Dólar subiu +0,24%, a R$ 5,15
- Às 9h03, o Euro caiu -0,31%, a R$ 6,28
Foto: Agência Brasil / DIvulgação
