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A quarta-feira (16) é um dia cheio para o mercado. Duas reuniões pautam o dia: a primeira é a do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que deve decidir pela nova meta Selic, a taxa básica de juros do país.

Além disso, as declarações do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) devem dizer se os Estados Unidos devem continuar com juros baixíssimos para estimular a economia.

No Senado Federal, a Medida Provisória (MP) da Eletrobras deve ser votada hoje, com membros da casa costurando articulações para que a proposta não caduque. Caso sofra mudanças, ela ainda deve retornar à Câmara dos Deputados.

Contrariando os estudos da equipe econômica, Bolsonaro diz que o Bolsa Família deve pagar R$ 300 na média para beneficiários do programa. A preocupação levantada é a do cumprimento do teto de gastos, que deve ser furado caso os valores do programa de assistência passem das estimativas.

As bolsas globais reagem à reunião do FOMC, mas também aos dados inflacionários publicados no Reino Unido e do setor industrial da China.

Esses e outros destaques você confere agora.

MP QUE PRIVATIZA A ELETROBRAS É VOTADA HOJE NO SENADO COM RESISTÊNCIA

A Medida Provisória (MP) que privatiza a Eletrobras deve ser votada hoje no Senado Federal. Ela deve ser votada até o próximo dia 22 para não caducar, e ainda corre risco de sofrer alterações por senadores. Caso isso aconteça, ela retorna para a Câmara dos Deputados.

“Um ponto ou outro pode ser que haja modificação, mas a espinha dorsal daquilo que a Câmara dos Deputados aprovou a tendência deste relator é manter no seu relatório. E da mesma forma aquilo que o Senado Federal está construindo a partir da colaboração, do conjunto dos senadores e senadoras, eu tenho dialogado muito com o deputado Elmar, dentro dessa linha de entendimento”, disse o relator da proposta, o senador Marcos Rogério (DEM-RO), em uma coletiva de imprensa.

A desestatização da Eletrobras foi uma promessa crucial da campanha do então candidato à presidência Jair Bolsonaro, junto com outras estatais que ainda não estão no caminho da privatização.

Embora a MP esteja avançando, ela deve ser votada hoje sem um acordo firmado na casa. Isso pode significar possíveis emendas à Medida Provisória, emperrando a proposta e correndo o risco dela caducar quando passar do prazo na próxima terça-feira (22).

O principal ponto que trava a MP é a de contratação de termelétricas. De acordo com o texto aprovado na Câmara dos Deputados, 6 MW de energia das termelétricas de gás natural no Nordeste, Norte e Centro-Oeste devem ser contratadas.

Além disso, o texto também determina a contratação de 2 MW de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) em qualquer local do país.

BOLSONARO DIZ QUE BOLSA FAMÍLIA SERÁ DE R$ 300

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (15) que o Bolsa Família reformulado, que deve se chamar Renda Cidadã, pagará, na média, R$ 300. Segundo o presidente, o ajuste se deve devido aos efeitos inflacionários nos produtos básicos.

O valor anunciado por Bolsonaro pega a própria equipe econômica de surpresa, já que os valores estudados são de R$ 190 a R$ 250. A preocupação é que um aumento além dos estudos fure o teto de gastos.


Saiba mais

Privatização da Eletrobras pode gerar R$25 bilhões para o governo


AGENDA

No Brasil, o destaque do dia fica para o encerramento dos dois dias de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Às 18h deve sair a decisão sobre a alteração ou manutenção da meta Selic, a taxa básica de juros do país.

Devido às recentes pressões inflacionárias e previsões do mercado desde o início do ano, espera-se que o Copom aumente a taxa de juros para tentar conter a alta nos preços. Atualmente, a meta Selic está em 3,50%. De acordo com as expectativas, o Copom deve aumentá-la para 4,25%.

De acordo com o Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC) com a colaboração de mais de 100 instituições financeiras, a meta Selic deve ir a 6,25% no término do ano.

Pela madrugada, dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Reino Unido foram publicados pelo Office for National Statistics. O índice inflacionário atingiu 2,1% em maio, ficando acima das expectativas de economistas e acima da alta de 1,5% para o mês de abril.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) de bens intermediários do Reino Unido também foi publicado pela madrugada, registrando um aumento de 1,1% em maio, ficando de acordo com as expectativas do mercado.

A produção industrial da China fechou o mês de maio com crescimento de 8,8%, ficando abaixo das expectativas de um aumento de 9%.

A taxa de desemprego na China fechou em 5,2%, ficando um pouco abaixo dos valores registrados no mês anterior (5,3%).

Nos Estados Unidos, diversas publicações sobre o mercado imobiliário e de commodities devem marcar o dia, com a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) encerrando na quarta-feira (16).

Às 9h30, o número de licenças de construção referentes ao mês de maio são publicados pelo Census Bureau. No mesmo horário, a taxa de construção de novas casas também deve ser publicada.

Às 9h30, o preço de bens importados é publicado pelo US Department of Labor.

Às 11h30, dados de estoques de petróleo bruto são publicados pela Energy Information Administration. No mesmo horário, são publicados os dados de estoque de petróleo em crushing, produção de combustível destilado, produção de gasolina e estoques de gasolina.

Às 15h, saem as declarações do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), acompanhado da alteração, ou manutenção, da taxa de juros do país, que por enquanto segue em baixa recorde.

A preocupação de investidores é que as pressões inflacionárias vão provocar altas na taxa de juros, esfriando esse período farto de investimentos em infraestrutura no país, coisa que já provoca um superciclo das commodities.

BOLSAS E CÂMBIO

De olho na reunião do Fed, o mercado amanhece de forma mista, com os principais índices europeus registrando altas pela manhã.

O mercado também reage à publicação de dados inflacionários do Reino Unido, que foram publicados durante esta madrugada.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): +0,22%, indo a 459,32 pontos
  • DAX (GDAXI): -0,07%, indo a 15.718,70 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): +0,05%, indo a 7.176,36 pontos
  • CAC 40 (FCHI): +0,15%, indo a 6.649,17 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): +0,07%, indo a 25.753,50 pontos

Os índices asiáticos fecharam de forma mista, com o destaque para os resultados negativos das bolsas chinesas e japonesas.

Além dos efeitos da reunião do G7, que acusou a China de práticas que ferem os direitos humanos e quebram acordos de comércio, as bolsas reagem aos dados publicados do setor industrial do país, que ficaram um pouco abaixo do esperado.

  • Hang Seng (HK50): -0,65%, indo a 28.451,87 pontos
  • KOSPI (KS11): +0,62%, indo a 3.278,68 pontos 
  • Shanghai Composto (SSEC): -1,07%, indo a 3.518,33 pontos
  • Nikkei 225 (N225): -0,51%, indo a 29.291,01 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -1,11%, indo a 5.166,56 pontos 

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados mistos:

  • Nasdaq 100 Futuros: +0,10%, indo a 14.035,25 pontos
  • Dow Jones Futuros: -0,11%, indo a 34.140,50 pontos
  • S&P 500 Futuros: 0,03%, indo a 4.235,38 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (16):

  • Às 9h03, o Dólar subiu +0,20%, a R$ 5,05
  • Às 9h03, o Euro subiu +0,14%, a R$ 6,12

Foto: Agência Brasil / Divulgação

Juan Tasso - Smart Money

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