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O presidente da Câmara dos Deputados deu sinais contrários na terça-feira (22), primeiro indicando que racionamentos vão fazer parte das políticas adotadas pelo governo para tentar evitar apagões durante a crise hídrica. Poucas horas depois, porém, ele mesmo desmentiu a informação.

A segunda parte da reforma tributária pode ser enviada hoje ao Congresso Nacional, a depender das discussões entre o ministro da Economia e o presidente sobre o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

O destaque da agenda fica para a publicação de dados preliminares do Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial e de serviços da Zona do Euro e dos Estados Unidos. No Brasil, o destaque fica para os dados da receita tributária federal.

Quanto às bolsas, os mercados reagem às falas do chairman do Fed a respeito da inflação nos Estados Unidos, que, segundo ele, é temporária.

Esses e outros destaques você confere agora.

CRISE HÍDRICA: LIRA INDICA QUE RACIONAMENTOS DE ENERGIA DEVEM ACONTECER, MAS VOLTA ATRÁS LOGO DEPOIS

Com o agravamento da crise hídrica no país, a preocupação do brasileira fica para o preço da conta de luz e para o risco de racionamentos e apagões no país. Recentemente, o governo aprovou o uso de termelétricas para suprir a demanda de energia, colocando a conta de luz na bandeira vermelha nível dois.

Embora o governo tenha negado veementemente o uso de racionamento de energia elétrica e apagões, segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), racionamentos “educativos” são esperados:

“O ministro Bento [Ministério de Minas e Energia] esteve comigo, fazendo análise de cenário, garantindo que nós não vamos ter nenhum tipo de problema com apagão, mas vamos ter que ter um período educativo de algum racionamento para não ter nenhum tipo de crise maior”, disse Lira.

Horas depois, porém, Lira desmentiu a informação em suas redes sociais:

A Medida Provisória (MP) citada por Lira deve ser uma proposta enviada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para melhorar a “governança do processo decisório” durante a crise hídrica.

“Tendo em vista a severa situação hidrológica do País, o Ministério de Minas e Energia (MME) e instituições setoriais vêm implementando ações que garantam o fornecimento de energia elétrica para a população brasileira, visando, sobretudo, a sustentação do crescimento econômico”, disse o Ministério em nota publicada na segunda-feira (21).

SEGUNDA PARTE DA REFORMA TRIBUTÁRIA PODE SER ENVIADA HOJE AO CONGRESSO

Discutem hoje o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, a respeito da segunda parte da reforma tributária, que atualmente está fatiada entre o Senado Federal e a Câmara dos Deputados para agilizar o trâmite.

A pauta em discussão é o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), que atualmente está em R$ 1,9 mil. Segundo cálculos da pasta da Economia, o aumento da faixa iria para R$ 2,4 mil. Segundo sinalizações de Bolsonaro, porém, ela deve ser ampliada para R$ 2,5 mil.

Outra proposta a ser analisada pelo governo é a redução de 25% para 20% a alíquota de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ). Setores empresariais já pressionam para que a redução aconteça de imediato, contra os estudos atuais do governo que avaliam uma redução em até dois anos.

Para arcar com os custos, o governo estuda alterar a alíquota da tributação sobre os lucros e dividendos. Os valores estudados eram de 15%, mas ela pode aumentar para 20%. Assim, a faixa de isenção fica em R$ 20 mil por mês (R$ 240 mil ao ano).


Saiba mais

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AGENDA

A agenda de hoje é marcada pela publicação de dados preliminares do Índice de Atividade dos Gerentes de Compras (PMI) na Europa e Estados Unidos, além de dados hipotecários norte-americanos, discursos de um membro do FOMC e discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE). 

No Brasil, os destaques ficam para a publicação do fluxo cambial estrangeiro às 14h30 e da receita tributária federal às 15h30. A receita é publicada mensalmente pela Receita Federal.

Pela madrugada, dados preliminares do Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial da França indicam um índice em 58,6 pontos em junho, uma retração ante os 59,4 pontos do mês anterior. No setor de serviços, o PMI ficou em 57,4, alta em relação aos 56,6 pontos de maio.

Os dados preliminares do Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial da Alemanha ficaram em 64,9 para o mês de junho, mantendo o mesmo nível do mês anterior. Quanto ao setor de serviços, os dados preliminares fecharam em 58,1 pontos em junho, alta acentuada comparado com os 52,8 pontos do mês anterior.

No Reino Unido, os dados preliminares do Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial ficaram em 64,2 pontos em junho, uma retração comparado com os 65,6 pontos registrados no mês anterior. Quanto ao setor de serviços, o PMI preliminar fechou em 61,7, representando uma retração comparado com os 62,9 pontos de maio.

Na Zona do Euro, dados preliminares do Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) industrial registraram 63,1 pontos em junho, mantendo o mesmo nível de maio. Quanto ao PMI do setor de serviços, os dados preliminares para o mês de junho ficaram em 58,0, uma alta acentuada comparado com os 55,2 pontos registrados no mês anterior.

Nos Estados Unidos, às 10h, discursa Michelle W. Bowman, membro do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). Pouco depois, às 12h, discursa Raphael Bostic, outro membro do FOMC.

Às 10h45, dados preliminares do Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial e de serviços dos EUA são publicados.

Às 11h, são publicados os dados das vendas de casas novas no mês de maio nos EUA.

Às 13h na Zona do Euro, discursa Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (ECB em inglês).

BOLSAS E CÂMBIO

Segundo Jerome Powell, Presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), a inflação nos Estados Unidos, que pode provocar aumentos nas taxas de juros, é temporária.

Mesmo com a sinalização positiva de que ainda não é hora de esfriar o crescimento econômico devido aos efeitos inflacionários, os mercados europeus iniciam a manhã de forma mista, com boa parte dos índices registrando quedas.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): 0,23%, indo a 455,36 pontos
  • DAX (GDAXI): -0,69%, indo a 15.528,95 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): +0,21%, indo a 7.104,55 pontos
  • CAC 40 (FCHI): -0,55%, indo a 6.574,95 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): -0,51%, indo a 25.186,50 pontos

A sinalização do Fed de que a alta na inflação dos Estados Unidos é temporária tranquiliza os mercados asiáticos, que fecharam de forma mista durante a madrugada.

  • Hang Seng (HK50): +1,96%, indo a 28.809,00 pontos
  • KOSPI (KS11): +0,38%, indo a 3.276,19 pontos 
  • Shanghai Composto (SSEC): +0,25%, indo a 3.566,22 pontos
  • Nikkei 225 (N225): -0,03%, indo a 28.874,89 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,49%, indo a 5.122,16 pontos 

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:

  • Nasdaq 100 Futuros: +0,07%, indo a 14.267,75 pontos
  • Dow Jones Futuros: +0,06%, indo a 33.855,50 pontos
  • S&P 500 Futuros: +0,01%, indo a 4.236,62 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (23):

  • Às 9h03, o Dólar caiu 0,01%, a R$ 4,96
  • Às 9h03, o Euro caiu -0,08%, a R$ 5,92

Foto: Agência Brasil / Divulgação

Juan Tasso - Smart Money

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