Aumentam as pressões da ala econômica ao Executivo. Em carta assinada por mais de 200 economistas e ex-membros importantes do governo federal, a presidência é cobrada pela sua atuação na pandemia de COVID-19 no Brasil. Segundo a carta, a superação está nas vacinas.
A importância das vacinas faz coro com a fala de Guedes, que afirma que a imunização da população é a melhor política fiscal disponível. Em conversa com economistas, o ministro negou que estaria isolado na pasta.
Esses e outros destaques você confere agora.
GUEDES: “VACINAÇÃO EM MASSA É A MELHOR POLÍTICA FISCAL, MAIS BARATA E DE MAIOR IMPACTO”
Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a vacinação em massa é a melhor política fiscal, mais barata e de maior impacto”. A fala foi feita em uma conversa com economistas ontem (21) a respeito do Brasil tentar recuperar sua confiança internacional.
“Existe uma disputa feroz de política no Brasil. Vocês sabem e são parte disso… Na pandemia, deveríamos estar um pouco menos armados, desarmados, próximos um do outro”, disse o ministro.
Paulo Guedes vive um período intenso no Planalto. Para alguns economistas, o ministro está isolado na pasta, sendo pouco ouvido pelo Executivo. Guedes negou a especulação.
“Havia a narrativa de que a democracia estava sob risco, de que haveria guerra sem fim. Nunca pensei que a democracia brasileira estivesse em risco. Não acho que sou uma voz isolada. Tentei criar uma narrativa construtiva e real”, disse o ministro.
Para o ministro, o governo de Bolsonaro merece críticas pelo atraso da aprovação de reformas, mas que elas estão se encaminhando.
“Temos de ter coragem em assumir orçamentos públicos. Descarimbar o dinheiro não significa dar menos. Para mim, desindexa, desvincula e desobriga. Mas vamos chegar lá. É uma questão de tempo, uma estrada longa a ser percorrida”, disse Guedes.
CARTA ASSINADA POR MAIS DE 200 ECONOMISTAS E EX-MINISTRO PEDE POR MEDIDAS MAIS EFICAZES DO GOVERNO FEDERAL NA PANDEMIA
Em uma carta divulgada ontem (21), mais de 200 economistas e ex-ministro da Fazenda, além de ex-presidente do Banco Central, pedem por medidas mais eficazes no controle da pandemia no Brasil.
Além de pedir por mais incentivo pelo uso de máscaras e pela implementação de medidas de restrição social, a carta aberta reitera que a vacinação é indispensável, e que a oferta por novas doses de vacinas é urgente, devido à atual escassez.
“O Brasil precisa ampliar suas capacidades de sequenciamento genômico em tempo real, de compartilhar dados com a comunidade internacional e de testar a eficácia das vacinas contra outras variantes com máxima agilidade. Falhas e atrasos nesse processo podem colocar em risco toda a população brasileira, e também de outros países”, diz a carta.
Segundo a carta, a vacinação nacional é barata comparada aos gastos do governo federal com Auxílio Emergencial e manutenção do emprego. Enquanto os recursos para a vacinação somam R$ 22 bilhões, os programas sociais somaram R$ 327 bilhões.
A carta também diz que países que inicialmente evitaram a aplicação de lockdowns, acabaram por adotar medidas mais severas.
“A controvérsia em torno dos impactos econômicos do distanciamento social reflete o falso dilema entre salvar vidas e garantir o sustento da população vulnerável. Na realidade, dados preliminares de óbitos e desempenho econômico sugerem que os países com pior desempenho econômico tiveram mais óbitos de Covid-19”.
Por fim, a carta diz que a liderança política que caracterizou o país até agora é de um desrespeito à ciência, estímulos à aglomeração e “flerte com o movimento antivacina”.
“O país pode se sair melhor se perseguimos uma agenda responsável. O país tem pressa; o país quer seriedade com a coisa pública; o país está cansado de ideias fora do lugar, palavras inconsequentes, ações erradas ou tardias. O Brasil exige respeito”.
Confira a íntegra da carta aqui.
PERTO DOS 300 MIL MORTOS POR COVID-19, BRASIL BATE MAIS RECORDES EM MÉDIA MÓVEL
Mesmo sendo domingo (21), dia em que o número de óbitos registrados costuma ser menor que o normal, o país registrou 1.259 novas mortes por COVID-19. Com os dados de ontem, são 294.115 óbitos pela doença desde o início da pandemia.
Já é o 23º recorde seguido na média móvel de número de óbitos, que chegou a 2.255 ontem (21). No acumulado da semana, o Brasil teve 15 mil mortos pela doença.
O país já vacinou 11,8 milhões de pessoas com um dos imunizantes distribuídos. 4,1 milhões já receberam a segunda dose das vacinas.
Saiba mais
Erros colocam posição do Brasil em xeque quanto a vacinação
AGENDA
Às 8h25: o Boletim Focus é divulgado pelo Banco Central (BC).
BOLSAS E CÂMBIO
Em dia misto, os investidores começam a se preocupar com uma possível 3ª onda de COVID-19, provocada pelas novas variantes do vírus e relaxamento de medidas de contenção.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): -0,03%, indo a 423,20 pontos
- DAX (GDAXI): +0,22%, indo a 14.653,30 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,04%, indo a 6.711,08 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,26%, indo a 5.982,24 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,23%, indo a 24.255,50 pontos
Com a alta nos rendimentos de títulos pesando juntamente com a decisão do Fed de não renovar algumas medidas fiscais nos EUA, os mercados asiáticos fecharam de forma mista.
- Hang Seng (HK50): -0,36%, indo a 28.885,34 pontos
- KOSPI (KS11): +0,13% , indo a 3.035,46 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +1,14%, indo a 3.443,44 pontos
- Nikkei 225 (N225): -2,07%, indo a 29.174,15 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +1,00%, indo a 5.057,15 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos Estados Unidos apresentam resultados mistos.
- Nasdaq 100 Futuros: +0,72%, indo a 12.936,50 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,20%, indo a 32.439,50 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,05%, indo a 3.901,62 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta segunda-feira (22):
- Às 9h03, o Dólar subiu +0,04%, a R$ 5,49
- Às 9h03, o Euro subiu +0,53%, a R$ 6,57
Foto: Agência Brasil / Divulgação
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