Em entrevista a uma transmissora de TV, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que o BC fará o possível para cumprir a meta da inflação. Além de comentar sobre a economia brasileira, o presidente da entidade falou sobre a vacinação no Brasil.
Ontem (27) também marcou mais um dia de CPI da Covid no Senado Federal. Dessa vez, os membros da comissão ouviram Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan. O presidente da entidade falou aos senadores a respeito de três ofertas de vacinas feitas pelo Butantan, que foram ignoradas pelo governo federal.
O mercado global deve ser marcado pela publicação de dados econômicos dos Estados Unidos, importantes para medir a temperatura da recuperação econômica do país. Pela manhã, os mais importantes índices mundiais registram altas.
Esses e outros destaques você confere agora.
CAMPOS NETO: BC FARÁ O “POSSÍVEL” PARA CUMPRIR META DA INFLAÇÃO
À CNN Brasil, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reagiu às boas expectativas de economistas quanto à economia brasileira, dizendo que os números e apostas melhoraram consideravelmente, e que o BC fará o possível para cumprir a meta da inflação.
Atualmente, segundo o Boletim Focus publicado semanalmente pelo BC, contando com a participação de mais de 100 instituições financeiras, indica que o IPCA deve terminar o ano em 5,24%.
O número é 0,01% abaixo do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O centro da meta é de 3,75%, com o piso sendo 2,25% e o teto 5,25%.
“Quando a gente começa a ver que a arrecadação está surpreendendo, que parte do dinheiro não foi gasta, que no fim a trajetória que vai ser resultante de todas as ações do governo é uma trajetória bem melhor, o câmbio também responde.”, disse o presidente do BC sobre análises que esperam que a dívida pública feche 2021 em 85% do PIB.
Quanto à pandemia e medidas aplicadas por governos, Campos Neto disse que “qualquer tipo de gasto” é justificável, e que o Brasil terá uma abertura razoável da economia caso o ritmo da vacinação nacional continue.
“Então a gente faz um cálculo pela prioridade de idades e pela prioridade de grupos, e a gente entende que, com ritmo de vacinação atual, que já está implícito nas contas, a gente consegue ter uma reabertura razoável do País a partir do segundo semestre”, disse o presidente do BC.
DIMAS COVAS: “O BRASIL PODERIA TER SIDO O PRIMEIRO PAÍS A COMEÇAR A VACINAÇÃO NÃO FOSSEM ESSES PERCALÇOS”
Marcando o último depoimento da semana na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que o Brasil “poderia ter sido o primeiro país a começar a vacinação se não fossem esses percalços”.
Da mesma forma que disse o representante da Pfizer em outro dia de CPI, o presidente do Butantan disse que o governo brasileiro ignorou ofertas de vacinas no meio do ano de 2020. Na época, o presidente Jair Bolsonaro havia dito que o Brasil “não compraria vacina chinesa”.
- De acordo com Dimas Covas, uma oferta de 60 milhões de doses da CoronaVac foi feita em julho para o governo federal. As doses seriam entregues até o fim de 2020.
- Em agosto, a mesma oferta foi feita, com pedidos de ajuda financeira para a realização das pesquisas.
- Em outubro, uma oferta de 100 milhões de doses foi feita, com o cronograma entregando 45 milhões de doses ainda em dezembro de 2020.
As três ofertas foram ignoradas pelo governo federal. Acordos feitos pelo governo brasileiro só foram acontecer em janeiro de 2021, com o contrato de 45 milhões de doses da CoronaVac.
Saiba mais
AGENDA
Às 3h45 na França, dados do Produto Interno Bruto (PIB) foram publicados, indicando uma retração de -0,1% no primeiro trimestre do ano, ficando abaixo das expectativas de 0,4%.
Às 8h no Brasil, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a “inflação do aluguel” foi publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), fechando em 4,10% em maio. O índice ficou um pouco acima do esperado, e é uma aceleração comparado com os 1,51% de abril.
Hoje, o mercado deve ser marcado pela publicação de dados importantes dos Estados Unidos, que podem indicar um crescimento econômico saudável, ou indícios de um aumento nas taxas básicas de juros.
Acompanhe os índices inflacionários e da economia dos EUA que são publicados hoje:
Às 9h30 nos EUA, o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) referente ao mês de abril é publicado pela Bureau of Economic Analysis.
Às 9h30 nos EUA, dados sobre gastos com bens pessoais são publicados pela Bureau of Economic Analysis. O índice calcula o valor gasto por consumidores em bens e serviços.
Às 9h30 nos EUA, o nível de estoques do varejo, excluindo automóveis, referente ao mês de abril, é publicado pelo Census Bureau.
Às 10h45 nos EUA, o Purchasing Managers’ Index (PMI) de Chicago referente ao mês de maio é publicado. O índice é importante de ser acompanhado por ser um termômetro do setor de manufatura do país.
Às 15h nos EUA, o Orçamento Federal dos Estados Unidos é publicado, indicando foco de gastos e receitas do governo.
BOLSAS E CÂMBIO
Na expectativa por dados inflacionários dos EUA, os índices europeus apresentam uma manhã positiva nas bolsas.
Dados inflacionários norte-americanos são acompanhados com atenção, pois altas maiores que o esperado podem gerar aumentos nas taxas básicas de juros do país, que estão em mínima recorde.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,50%, indo a 448,66 pontos
- DAX (GDAXI): +0,57%, indo a 15.493,85 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,34%, indo a 7.043,75 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,67%, indo a 6.479,09 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,21%, indo a 25.109,50 pontos
De olho nos mercados europeu e norte-americano, os índices asiáticos fecham a sexta-feira (28) de forma mista.
- Hang Seng (HK50): +0,08%, indo a 29.135,37 pontos
- KOSPI (KS11): +0,73%, indo a 3.188,73 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -0,22%, indo a 3.600,78 pontos
- Nikkei 225 (N225): +2,10%, indo a 29.149,41 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,32%, indo a 5.321,09 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,41%, indo a 13.721,00 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,50%, indo a 34.610,50 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,40%, indo a 4.215,88 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta sexta-feira (28):
- Às 9h03, o Dólar caiu -0,16%, a R$ 5,24
- Às 9h03, o Euro caiu -0,29%, a R$ 6,38
Foto: Agência Brasil / Divulgação
