As bolsas globais continuam aproveitando a tendência de alta provocada pelo início da vacinação da população contra COVID-19. Além disso, um novo pacote fiscal de US$ 900 bilhões nos EUA, e acordos encerrados do Brexit, devem ditar um mercado positivo nos últimos dias do ano.
No Brasil, a pauta do auxílio emergencial continua sem conclusão definitiva. A extinção, ou manutenção, do programa é importante para a definição de objetivos fiscais, importantes para manter o país abaixo do teto de gastos.
Esses e outros destaques você confere agora.
ÚLTIMA PARCELA DO AUXÍLIO EMERGENCIAL É DISTRIBUÍDA HOJE, COM FUTURO INCERTO DO PROGRAMA
A última parcela do auxílio emergencial, programa criado pelo governo federal para dar assistência à população informal do país, deve ser distribuída hoje pela Caixa Econômica Federal. 3,2 milhões de pessoas devem receber o auxílio de R$ 300.
Embora este último pagamento encerre o calendário do programa, o futuro do auxílio continua incerto. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia anunciado que a intenção do governo é extinguir o programa, para dar espaço a ajustes fiscais que manteriam o país abaixo do teto de gastos. Porém, o assunto continua sem conclusão.
A falta de uma decisão final do governo federal sobre o assunto também traz incerteza sobre outros programas sociais já indicados pelo presidente Jair Bolsonaro e a pasta da Economia. Havia um estudo para a aprovação de um programa de microcrédito, para ajudar o brasileiro a voltar para o mercado de trabalho, e o Renda Brasil, que substituiria o auxílio emergencial e o Bolsa Família. Ambos dependem da extinção do auxílio emergencial.
Políticos da oposição defendem que o programa continue ativo, e que o estado de calamidade pública seja prorrogado por mais 6 meses. Ontem, em reunião do Consórcio do Nordeste, os 9 governadores da reunião definiram a importância da prorrogação das medidas até que a vacina esteja disponível para a população.
“A calamidade pode ser suspensa a qualquer momento. Ninguém quer viver permanentemente em calamidade. Pelo contrário, queremos sair rapidamente, mas é preciso começar a vacinação para que tenhamos uma solução de saída segura”, disse Wellington Dias (PT), governador do Piauí, à CNN Brasil.
BALEIA ROSSI DEVE SER O CANDIDATO APOIADO POR MAIA PARA A CÂMARA
A briga pela cadeira mais importante da Câmara dos Deputados continua. O candidato de Rodrigo Maia (DEM) para a presidência é Baleia Rossi (MDB), que deve disputar com Arthur Lira (PP), candidato apoiado pelo governo federal. Ontem, o candidato de Maia ganhou apoio de partidos de esquerda, como PT, PDT e PCdoB, para a disputa.
Uma eventual candidatura de Baleia Rossi significaria a manutenção de um presidente da Câmara dos Deputados desalinhado com todas as intenções do governo federal. Uma vitória de Arthur Lira colocaria o governo federal em uma posição mais favorável para o avanço de pautas, e botaria fim nesse período de troca de farpas.
Ontem, ao conversar com apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro declarou apoio ao candidato oposto à Maia:
“Vamos ter eleição na Câmara agora. Uma das chapas ali é o Rodrigo Maia e PT, PCdoB e PSOL. E tem uma outra chapa. Eu estou nessa outra. Não vou nem discutir. Se está de um lado PT, PCdoB e Rodrigo Maia, eu estou do outro lado”.
O bloco formado por Maia com partidos da oposição pode significar uma boa tendência para as eleições de 2022, segundo ele.
“Eu acho que é um sinal forte de que parte desse bloco pode estar junto em 2022. Nós demos o grande passo para reduzir de vez a radicalização da política brasileira”, disse Maia em entrevista para a Folha.
Saiba mais
Segundo Guedes, governo não planeja extender auxílio
AGENDA
Às 9h: A PNAD Contínua deve ser divulgada pelo IBGE.
Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) relativo a dezembro é divulgado pela FGV.
BOLSAS E CÂMBIO
As bolsas mundiais continuam com tendência de alta nesta terça-feira (29). Com mais de 40 países começando a vacinar a população, um pacote de estímulos fiscais sendo aprovado nos EUA e um acordo sobre o Brexit chegando ao fim, a tendência é terminar 2020 com saldos positivos nos principais índices do planeta.
Na Europa, o acordo do Brexit manteve os investidores otimistas neste início de semana. Com o acordo, o Reino Unido não vai pagar taxa sobre importação de produtos de origem da União Europeia.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,89%, indo a 402,12 pontos
- DAX (GDAXI): +0,44%, indo a 13.851,30 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +2,27%, indo a 6.649,95 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,44%, indo a 5.613,05 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,04%, indo a 22.298,50 pontos
O índice de Tóquio ficou acima dos 27.000 pontos pela primeira vez desde 1991 depois de fechar com alta de 2,6%.
- Hang Seng (HK50): +0,96%, indo a 26.568,49 pontos
- KOSPI (KS11): +0,42% , indo a 2.820,51 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -0,54%, indo a 3.379,04 pontos
- Nikkei 225 (N225): +2,66%, indo a 27.568,15 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,42%, indo a 5.042,94
Às 8h05 da manhã, os principais índices futuros dos Estados Unidos registram alta:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,41%, indo a 12.885,88 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,49%, indo a 30.494,0 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,48%, indo a 3.745,25 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta terça-feira (29):
- Às 9h05, o Dólar caiu -0,26%, a R$ 5,22
- Às 9h05, o Euro subiu +0,07%, a R$ 6,40
Foto: Agência Brasil / Divulgação
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