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Gazprom cita “força maior” e fornecimento de gás natural para a Europa fica incerto

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As tensões no mercado energético ganharam um novo capítulo nesta semana após uma carta escrita pela russa Gazprom. A maior companhia do setor da Rússia citou situações “extraordinárias” para justificar a aplicação de medidas de força maior no fornecimento de gás através do principal gasoduto que liga o país com a Alemanha. 

A aplicação de força maior detalha uma medida legal que isentaria a Gazprom no caso do descumprimento de fornecimento de gás natural. Segundo a Reuters, porém, que teve acesso ao documento, a companhia não especificou acerca das situações extraordinárias 

O novo desenvolvimento nas tensões aumenta os temores do mercado de que o fornecimento de gás através do gasoduto Nord Stream 1 pode não retornar. O gasoduto foi fechado por dez dias para uma manutenção programada e está previsto para abrir nas quinta-feira (21). 

A medida aplicada pela Gazprom é retroativa a data de 14 de junho, época em que o fornecimento de gás através do Nord Stream 1 foi cortado em mais de 40%. A companhia alemã Uniper, a principal importadora do país, que teve mais de € 10 bilhões de prejuízos no período, precisou recorrer ao governo para um plano de resgate após as interrupções. 

O mercado teme que o fluxo de gás cesse no Nord Stream 1 como uma espécie de retaliação do governo Putin após os intensos pacotes de sanção aplicados pela Europa e Estados Unidos. 

O clima é incerto. Segundo o ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, o cenário pode ser de um verdadeiro pesadelo no inverno europeu. 

“Tudo é possível, qualquer coisa pode acontecer. Nós temos que nos preparar para o pior”, disse o ministro no dia 10 de julho. 

A dependência da Europa do mercado energético russo ainda é enorme. A União Europeia possui planos de cessar completamente a compra da commodity da Rússia, mas os planos de substituição devem durar até 2027. 

Pressionados, os contratos futuros do TTF holandês para agosto estão custando € 161,40 por mega-watt hora às 10h40 desta terça-feira (19), mais que o dobro dos preços registrados antes do início da guerra na Ucrânia. 

A companhia alemã Uniper (UNPRF), fortemente pressionada pelos cortes promovidos pela Gazprom, já registra 48,56% de queda nas suas ações em um período de 30 dias. 

Juan Tasso - Smart Money

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