BIDEN SE REUNIRÁ COM PRESIDENTE AFEGÃO
Em meio ao crescimento de conflitos armados entre as forças afegãs e o Talibã na região do Afeganistão, o presidente norte-americano Joe Biden tem reunião marcada com o presidente afegão, Ashraf Ghani, nesta sexta-feira (25). O encontro discutirá a retirada das tropas estadunidenses do país, que deve acontecer até o dia 11 de setembro deste ano.
O encontro contará ainda com a presença do presidente do Alto Conselho para Reconciliação Nacional do Afeganistão, Abdullah Abdullah, principal mediador das negociações entre o governo afegão e o Talibã. Biden pretende dar garantias às autoridades do país de que os EUA continuaram a dar todo o apoio necessário ao Afeganistão e ao seu povo.
Em nota, a Casa Branca garantiu ainda que o governo estadunidense permanecerá cooperando com o governo afegão para garantir que o país não volte a se tornar refúgio para grupos terroristas que representem uma ameaça aos EUA. “Os Estados Unidos estão comprometidos a apoiar o povo afegão oferecendo assistência diplomática, econômica e humanitária para o povo afegão, incluindo mulheres afegãs, meninas e minorias”, afirmou a nota.
A Guerra do Afeganistão, iniciada em outubro de 2001, é o conflito armado mais longo da história dos EUA. Em abril deste ano, Joe Biden anunciou a retirada das tropas estadunidenses do Afeganistão até o dia 11 de setembro deste ano. Desde o anúncio da decisão por parte do presidente norte-americano, mais de 30 distritos afegãos foram tomados pelo Talibã.
AÇÕES DO GOVERNO CHINÊS MINAM BITCOIN
Nos últimos dias, o governo chinês tem apertado o cerco contra o Bitcoin. Neste final de semana, inúmeras fazendas de mineração na província de Sichuan, uma das principais bases de mineração da criptomoeda na China, foram interditadas.
O governo local ordenou a interdição do abastecimento de energia a fazendas de mineração. Outras províncias também devem tomar medidas similares nos próximos dias. Segundo o portal Global Times, há estimativa de aproximadamente 90% da mineração de Bitcoin na China esteja comprometida a curto prazo.
Nesta segunda-feira (21), o governo também divulgou que convocou a Alipay, empresa de pagamentos ligada ao Alibaba, para solicitar que a companhia reprima pagamentos em Bitcoin em suas plataformas. Instituições financeiras no país já estão proibidas de oferecer serviços ligados à criptomoeda.
Atualmente, cerca de 65% do Bitcoin de todo o mundo é minerado em fazendas chinesas. Há expectativa de que muitos mineradores transfiram suas operações para países como os EUA ou a Rússia nos próximos meses. Segundo Shentu Qingchun, CEO de uma empresa de blockchain sitiada em Shenzhen, há expectativa ainda de que muitos mineradores desistam de suas operações, o que pode levar a uma queda no preço das máquinas de mineração.
Por volta das 15h40 (horário de Brasília), o Bitcoin tinha baixa de 7,10%. Cotada em US$ 32.566, foi a primeira vez em quase duas semanas que a criptomoeda ficou abaixo dos US$ 33 mil. Outras criptomoedas, como Ethereum, XRP e Dogecoin, também operam em queda hoje.
OLIMPÍADA TERÁ ATÉ 10 MIL ESPECTADORES POR EVENTO
Nesta segunda-feira, o comitê organizador da Olimpíada de Tóquio anunciou que as competições terão a presença de público. Contrariando a recomendação de especialistas, que indicaram que a alternativa mais segura era a realização dos jogos sem a presença de público nas arenas, as competições poderão contar com até 50% de sua capacidade máxima, desde que não excedam o limite de 10 mil espectadores.
A decisão já era esperada, tanto o comitê organizador quanto autoridades do governo japonês já tinham deixado subentendido que a presença de público na Olimpíada seria permitida. A decisão também é controversa, uma vez que enfrenta resistência da população e o medo de um agravamento da pandemia no país.
O Japão não tem números tão expressivos de mortes por Covid-19 como outros países, como Brasil ou EUA, nem teve ainda um surto explosivo como aconteceu em diversos lugares. Mas o sistema de saúde pública em diversas regiões do país se encontra operando no limite, e a distribuição de vacinas para a população está andando em ritmo bastante lento, o que aumenta o sentimento de medo dos japoneses com a realização dos Jogos Olímpicos.
As medidas restritivas atualmente impostas no Japão estão previstas para terminar no dia 12 de julho, exatamente um dia antes do início das competições. A decisão de permitir 50% da lotação nas arenas pode ser revista em caso de agravamento da pandemia no país, que pode levar para a prorrogação ou intensificação das medidas restritivas.
Saiba mais
FUTURO PRESIDENTE DO IRÃ NÃO SE ENCONTRARÁ COM JOE BIDEN
O presidente-eleito do Irã, Ebrahim Raisi, declarou hoje que não pretende se encontrar com o presidente dos EUA, Joe Biden. Eleito na sexta-feira (18) com 62% dos votos, o ultraconservador Raisi elogiou a presença da população iraniana nas urnas, apesar da abstenção recorde no pleito deste ano.
Raisi ainda falou sobre a tentativa de salvar o acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano. Assinado no ano de 2015 em Viena, o tratado que estabelece condições para que o Irã não desenvolva uma arma atômica reduza o seu programa nuclear. Segundo ele, não haverão “negociações pelo simples prazer de negociar”, e um potencial tratado deve oferecer algo em troca para o Irã. Em 2018, o acordo sofreu um boicote do então presidente norte-americano, Donald Trump, que decidiu restabelecer uma política anti-Teerã.
O futuro presidente ainda deixou em aberto a possibilidade de restabelecer as relações diplomáticas com a Arábia Saudita. Rivais, as nações haviam rompido relações em 2016.
Com as sanções sofridas por parte dos EUA, o Irã se encontra em grave crise econômica e social. Aliado político do aiatolá Ali Khamenei, guia supremo iraniano, Ebrahim Raisi assume a presidência com a promessa de combater a corrupção e de restaurar a economia do país. Tanto Raise quanto Khamenei veem no acordo nuclear uma oportunidade de alívio nas sanções contra o país.
BOLSAS E CÂMBIO
Na Europa, os principais índices do continente fecharam em alta nesta segunda. Confira os números do mercado europeu:
- STOXX 600 (STOXX): +0,71% (455,24)
- DAX (GDAXI): +1,00% (15.603,24)
- FTSE 100 (FTSE): +0,64% (7.062,29)
- CAC 40 (FCHI): +0,51% (6.602,54)
- FTSE MIB (FTMIB): +0,71% (25.397,72)
Já na Ásia, a maior parte dos índices do continente fechou em baixa hoje. Confira os números do mercado asiático:
- Hang Seng (HK50): -0,96% (28.478,00)
- KOSPI (KS11): -0,83% (3.240,79)
- Shanghai CompoDsto (SSEC): +0,12% (3.529,18)
- Nikkei 225 (N225): -3,29% (28.010,93)
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,24% (5.090,39)
Nos EUA, tivemos uma disparada de Dow Jones e S&P 500, que subiram mais de 1% nesta segunda. Confira os números do mercado norte-americano:
- Dow Jones (DJI): +1,76% (33.876,97)
- S&P 500 (SPX): +1,40% (4.224,79)
- Nasdaq Composto (IXIC): +0,79% (14.141,48)
No câmbio, o dia foi marcado por desvalorização do dólar e do euro ante o real. Confira a cotação das principais moedas estrangeiras:
- Dólar: -0,92% (R$ 5,02)
- Euro: -0,50% (R$ 5,98)
Imagem em destaque: Diário do Nordeste / divulgação