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Greve dos caminhoneiros: paralisação não chega a bloquear estradas

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O receio de que uma nova paralisação dos caminhoneiros, marcada para esta segunda-feira (1) fosse ameaçar a economia do Brasil, foi minimizado pela notícia de que o fluxo de veículos está normal em praticamente todas as rodovias federais do país. O movimento é uma tentativa de repetir os protestos de 2018, que pararam o país por 11 dias e deu origem à tabela de preços mínimos para os fretes rodoviários.

Um comunicado oficial também foi lançado pelo Ministério da Infraestrutura e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgando que todas as rodovias federais, concedidas ou sob gestão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), estavam livres e sem nenhum ponto de retenção total ou parcial.  

No domingo (31), circulou um áudio de uma conversa entre o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e uma liderança local de caminhoneiros, em grupos de Whatsapp, no qual o ministro dizia que não havia possibilidade de atender algumas das reivindicações da pauta da categoria. 

No Rio Grande do Sul, a informação é de que muitos caminhoneiros não foram para as estradas, permanecendo em casa. Na Região Sul, mais precisamente entre Rio Grande/Pelotas, não há bloqueios, mas também não existe movimentação de caminhões.

 O presidente do Sindican, José Roberto da Rosa, confirma que não há caminhão rodando. “O pessoal está consciente. A categoria em razão dessa conscientização está em casa, exatamente porque desde a meia noite não há caminhões circulando nas rodovias de Rio Grande. Os poucos que estão circulando a gente conversa e eles param tranquilamente”, ressaltou Zeca.

PRINCIPAIS RODOVIAS DO PAÍS

Nas principais rodovias do país, a circulação de veículos e caminhões está se dando de forma tranquila. Na rodovia Castello Branco, conforme a concessionária que administra a estrada, na altura do km 27, na região de Barueri, no sentido para a capital paulista, há lentidão de veículos, com duas das quatro faixas ocupadas pelos protestos de caminhoneiros. No entanto, o protesto se desloca no sentido para São Paulo. 


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Protestos pacíficos também são registrados em rodovias do Nordeste na BR-116, altura dos km 522 e 528, na região de Itatim, onde caminhoneiros protestam, de maneira pacífica, em postos de combustível do local, sem bloqueio de rodovias. Houve um ponto apenas com interdição, porém de madrugada e já restabelecida a circulação de veículos. A PRF, por meio de post no Twitter, informou que a região se encontra sem trânsito intenso, com fluxo normal.

Na rodovia Régis Bittencourt (BR-116), liga as cidades de São Paulo (SP) e Curitiba (PR). Cerca de 22 mil veículos trafegam diariamente pela rodovia, que engloba 17 municípios em sua malha viária. Até a altura do quilômetro 315, não existiam manifestações de caminhoneiros interrompendo o fluxo de veículos na rodovia. 

A rodovia Presidente Dutra (entre São Paulo e Rio de Janeiro) tem trânsito tranquilo sem veículos paralisados. Ao longo da rodovia haviam caminhoneiros em pátios de postos de combustíveis. 

A paralisação desta vez enfrenta uma oposição de grupos patronais e do setor produtivo. Já na sexta-feira (29), o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) proibiu a obstrução da Rodovia Presidente Dutra, sob pena de multa de R$ 10 mil para pessoas físicas e R$ 100 mil para pessoas jurídicas. 

Segundo o apurado por lideranças contrárias a realização do movimento de paralisação, a  greve tem baixa adesão por parte da categoria. Um dos principais líderes de 2018, Walace Landim, o Chorão, e presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), não aderiu ao ato.

Chorão afirma que a classe trabalhadora está sendo massacrada em todo o país, mas que para ele, esse movimento tem ganhado contornos políticos que não privilegiam os caminhoneiros. “Não vamos conciliar com a pauta política para favorecimento das presidências de Câmara e Senado”, conclui.

REIVINDICAÇÕES

A categoria lista, entre outras reivindicações, redução de cobrança de PIS/Cofins sobre o óleo diesel, o aumento e cumprimento da tabela do piso mínimo do frete, estabelecido em 2018 após a paralisação de 11 dias, modificação da redação do projeto 4199/2020, o BR do Mar, sobre cabotagem, aposentadoria especial para o setor, um marco regulatório do transporte, entre outros pedidos. Também reivindicam o término da cobrança abusiva dos pedágios.

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