Segundo dados do Banco Central (BC) publicados pela manhã desta quarta-feira (14), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado como uma prévia da inflação, apresentou uma queda de -0,43% em maio ante abril.
Segundo o BC, o índice acumula alta de 6,6% em 2021. Na soma de 12 meses, a alta é de 1,07%.
Na comparação com maio de 2020, o avanço no índice é de 14,21%.
O IBC-Br, que é publicado pelo BC, é considerado como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), publicado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ele serve para o mercado econômico como um termômetro para a tomada de decisões a curto prazo, mas não necessariamente remete aos exatos valores publicados no PIB.
Na série dessazonalizada, o índice alcançou 139,11 pontos, um pouco abaixo dos níveis pré-pandemia (139,71 pontos em abril).
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A alta surpreendeu o mercado financeiro, que estava na expectativa de uma alta de 1% no índice em maio.
Os efeitos gerados pela pandemia de COVID-19 segue sendo um fator de preocupação no país. Em maio, a chamada segunda onda do vírus já estava mostrando sinais de desaceleração, mas inúmeras medidas de restrição ainda eram aplicadas em diversos setores.
Além disso, a escalada da inflação, impulsionada principalmente pela crise hídrica e alta nos combustíveis, prejudica o poder de consumo do brasileiro. Esse fator ainda deve prejudicar os índices de atividades econômicas em junho, visto que o fim da estiagem está marcado para acontecer em novembro.
Um IBC-Br mais fraco também pode provocar revisões quanto ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país para 2021. Atualmente, o Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC), indica que o PIB deve subir 5,26% até o término do ano.
Foto: Agência Brasil / Divulgação