De acordo com dados publicados pelo U.S. Bureau of Labor Statistics agora a pouco, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos Estados Unidos subiu 0,6% em janeiro, 0,1 p.p. acima do esperado pelo mercado.
A inflação manteve a mesma taxa registrada em dezembro, quando o IPC também subiu 0,6%.
Na taxa anual, a inflação está em 7,5%, uma aceleração de 0,5 p.p. comparado com os dados de dezembro. De acordo com a pesquisa, é a maior variação acumulada dos últimos 12 meses desde fevereiro de 1982.
O resultado de janeiro foi impulsionado principalmente pelos setores de alimentação, energia e moradia. Alimentação subiu 0,9% em janeiro, sendo que havia subido 0,5% no mês anterior. Em domicílio, o crescimento foi de 0,1%.
O setor de energia também subiu 0,9% no período. A alta foi pressionada principalmente pelo resultado de 4,2% no setor elétrico.
Considerando o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) núcleo, que desconsidera as variações de alimentação e energia, a alta foi de 0,6% em janeiro e de 6% considerando o acumulado dos últimos 12 meses.
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Aumento nas taxas de juros
O IPC, ou consumer price index em inglês, serve como uma métrica para economistas e governo pensem em reajustes nas taxas básicas de juros do país. Atualmente, os juros dos EUA estão entre 0% e 0,5%.
Segundo sinalizações recentes do Federal Reserve (Fed), os juros provavelmente devem sofrer novos reajustes no mês que vem, acompanhado do tapering que levará a zero a política de estímulos criadas durante a pandemia. Isso porque o Fed já enxerga dados trabalhistas o suficiente para retirar as políticas de incentivo.
Caso a inflação fique consistentemente maior que o esperado nos próximos meses, pode significar que as políticas de reajustes nos juros podem ser acentuadas para tentar conter a alta nos preços.
Segundo uma declaração dada Jerome Powell, presidente do Fed, no fim do ano passado, as pressões inflacionárias estão “provavelmente um pouco piores” que o esperado.