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Inflação dos EUA está acima do esperado e Powell se vê “frustrado” com gargalo na cadeia de oferta

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Segundo o presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), Jerome Powell, os efeitos inflacionários do país estão durando mais que o previsto anteriormente pela instituição financeira.

As falas foram feitas durante um debate promovido pelo Banco Central Europeu (BCE) nesta quarta-feira (29). 

“O pico atual da inflação é consequência das restrições de oferta tendo um choque com uma demanda forte. Tudo isso é associado com a reabertura da economia, que é um processo que possui começo, meio e fim. É difícil dizer o quão grande esses efeitos serão e por quanto tempo durarão”, disse Powell. 

Segundo ele, porém, esses picos na inflação, que foram previstos pela instituição no início do ano, devem ter uma natureza temporária. 

Mesmo assim, o Fed prevê que aconteça altas nos preços nas próximas semanas por conta dos gargalos na cadeia de oferta, coisa que Powell descreveu como “frustrante”. 

“É frustrante reconhecer que vacinar as pessoas e controlar a Delta 18 meses depois ainda continua sendo a política econômica mais importante que temos. E também é frustrante ver os gargalos e os problemas da cadeia não melhorarem e, na verdade, aparentemente ficando um pouco piores”, disse ele. 


Saiba mais

Fed mantém juros baixos, aumenta previsão da inflação e arranca reação positiva do mercado


O mercado internacional sempre está de olho nas declarações de Powell, pois uma inflação acelerada acima do esperado pode significar um aumento nas taxas básicas de juros do país, que atualmente estão em baixa recorde de 0% a 0,2%. Segundo Powell, o Fed ainda “não vê indícios disso”, e a política monetária do país deve permanecer a mesma por enquanto. 

Outro ponto de preocupação do mercado é em relação aos trilionários pacotes de estímulos à economia do país. Quanto a isso, Powell disse que o histórico prova que mais faltaram estímulos ao país no passado que excessos, e que eles evitaram essa possibilidade agora. 

Neste mês, as autoridades do Fed rebaixaram suas expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Agora, a entidade prevê um crescimento econômico de 5,9% em 2021, uma desaceleração frente as projeções anteriores (7%). 

Quanto a inflação, o Fed enxerga que a alta de preços deve ser de 4,2% em 2021. Anteriormente, as projeções estavam fixadas em 3,4%. 

Foto: Reuters / Reprodução

Juan Tasso - Smart Money

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