Internacional

Banco da China diz que sustentará a economia apesar dos problemas relacionados à Covid

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Em meio a uma crise de Covid nos principais polos comerciais do país, o Banco da China (BoC em inglês) disse nesta sexta-feira (22) que manterá a política monetária expansionista do país para fomentar o crescimento econômico. 

Segundo o governador do BoC, Yi Gang, uma das prioridades é promover uma estabilização dos preços e apoiar os pequenos comércios. 

“A política monetária da China é acomodatícia e está em um patamar confortável”, disse Yi Gang. “Nós também estamos prontos para apoiar pequenos e médios comércios com mais instrumentos, caso for necessário”. 

A meta do BoC para o PIB chinês em 2022 é de 5,5%, mas muitos economistas acreditam que será um caminho difícil, considerando não só os problemas relacionados à cadeia de distribuição e guerra na Ucrânia, mas também por razão da política de Covid Zero aplicada pelo governo. 

A política colocou sob isolamento total mais de 25 milhões de pessoas em Xangai, um dos principais polos comerciais do país. A política também já havia afetado cidades como Shenzhen, ao sul da China. 

A política já gerou inúmeros problemas relacionados à população, já que as pessoas tiveram pouco tempo para se prepararem para o lockdown. Muitos ficaram sem alimentos e dependendo do apoio das autoridades locais.


 Saiba mais

PIB da China cresce acima do esperado apesar de confinamentos em Xangai


As cadeias comercial e industrial de Xangai foram duramente afetadas pelo confinamento. Como a política dura semanas, acredita-se que a paralisação fatalmente afetará o crescimento econômico, que já é impactado pela guerra no leste europeu. 

“O cenário internacional é marcado por incertezas”, disse o diretor do BoC. “Recentemente, as tensões geopolíticas empurraram pressões inflacionárias no mundo inteiro. O mercado financeiro da China não é imune aos choques externos, e a situação doméstica relacionada à COVID-19 também coloca pressões sob o crescimento econômico”. 

De acordo com os últimos dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a inflação da China desacelerou em março, acumulando 1,5% de alta na taxa anual do índice. A desaceleração abre espaço para políticas monetárias menos apertadas, mas a última reunião do BoC nesta semana deixou as taxas de juros de referência inalteradas. 

Juan Tasso - Smart Money

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