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No Fórum do BCE, Lagarde reitera planos de aceleração dos juros na zona do euro 

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Nesta terça-feira (28), a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reforçou que os planos da instituição são de aumentar os juros na zona do euro nas próximas reuniões de política monetária – em julho e setembro. O discurso foi feito no Fórum Anual do BCE, realizado entre os ontem (27) e amanhã (29) na cidade portuguesa de Sintra. 

“A inflação na zona do euro está indesejavelmente alta e projetamos que fique assim por algum tempo. Este é um grande desafio para a nossa política monetária”, apontou Lagarde. Segundo a presidente do BCE, o plano da instituição é aumentar as taxas de juros da região no mês que vem, medida que seria a primeira elevação dos juros na zona do euro em 11 anos. 

O objetivo, segundo Lagarde, é combater a inflação até que a mesma se estabilize em valores próximos à meta de 2%. Para isso, ela afirmou que o BCE irá manter a rota de ‘normalização’ da política monetária. O BCE deve aumentar os juros em 25 pontos-base em julho, com um aumento de maior magnitude já cogitado para a reunião de política monetária de setembro. 

“Nós iremos até onde for necessário para garantir que a inflação se estabilize na nossa meta de 2% no médio prazo”, afirmou. Segundo ela, essa inflação alta e persistente na zona do euro é resultado de uma combinação de fatores, que vão desde a estrutura do bloco até o contexto geopolítico da Europa atualmente. 

Em seu discurso, Lagarde apontou que a zona do euro tem uma constituição muito particular. Por conta dos 19 países que fazem parte do bloco não serem estados totalmente integrados, cada um com suas políticas fiscais próprias, o nível de coordenação alcançado entre os mesmos é limitado. 

Para superar esse obstáculo, a presidente do BCE aponta que os países precisam se comprometer com a política monetária determinada pela instituição. “Preservar e transmitir” a política monetária do BCE é considerado uma pré-condição para conseguir controlar a inflação. 

O BCE está, por conta dessa “fragmentação” no mercado, desenvolvendo um instrumento para remediar as divergências nos custos de empréstimos entre os países que fazem parte da zona do euro. “O novo instrumento deverá ser eficaz, ao mesmo tempo proporcionado e conter garantias suficientes para preservar o impulso dos Estados-Membros para uma política orçamental sólida”, afirmou Lagarde. 

Guilherme Guerreiro

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