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Última revisão confirma inflação recorde de 8,1% em maio na Zona do Euro

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De acordo com a última revisão divulgada nesta sexta-feira (17), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Zona do Euro encerrou o mês de maio com uma taxa anual de 8,1%, 0,7 p.p. acima do registrado no mês anterior e marcando mais um recorde no índice. 

Na taxa mensal, a inflação avançou 0,8% quando comparada com os dados de abril. 


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Fed eleva as taxas de juros em 0,75 p.p., a maior em 28 anos 


Considerando o Índice de Preços ao Consumidor – Núcleo (IPC-Núcleo), que exclui as variações de energia e alimentos, o avanço foi de 3,8% na taxa anual, 0,7 p.p. acima do registrado em abril. 

A alta de maio deve colocar ainda mais pressões sobre o Banco Central Europeu (BCE), que pode ter que aumentar as taxas de juros no mês que vem para tentar lidar com a alta dos preços. 

Inicialmente, a inflação europeia era pressionada principalmente pelos problemas na cadeia global de distribuição e as pressões energéticas imediatas que aconteceram logo após a invasão da Rússia na Ucrânia. Hoje, porém, a alta dos preços infecta os setores alimentício, de serviços e bens. 

Considerando os últimos 12 meses, os custos energéticos subiram 39%, enquanto os alimentos subiram 9%. A guerra na Ucrânia é o principal catalisador da alta severa nos preços, já que boa parte das importações energéticas europeias partem da Rússia. 

Apesar da dependência do continente da matriz energética russa, a União Europeia (UE) possui vastos planos de reduzir a zero as importações de petróleo em retaliação à invasão militar promovida por Putin. A Rússia, por outro lado, respondeu obrigando os países a pagarem em rublos pelo gás natural. 

Nesta semana, a companhia russa Gazprom cortou ainda mais o fornecimento do gás que passa pelo gasoduto Nord Stream 1, que chega diretamente na Alemanha, após a companhia alemã Siemens atrasar o reparo de unidades na estação de compressão Portovaya. 

Os planos recentes do Banco Central Europeu (BCE) para retirar parte das pressões inflacionárias constituem em um aumento de 25 pontos-base nas taxas de juros em julho, acompanhado por um reajuste em setembro que pode ser ainda maior caso a inflação surpreenda. Assim, os juros europeus devem sair da atual taxa negativa após 11 anos sem reajustes positivos. 

De acordo com projeções do BCE, a inflação deve encerrar o ano em 6,8%, bem acima da meta, 3,5% em 2023 e 2,1% em 2024. 

Juan Tasso - Smart Money

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