Foi publicado agora a pouco, às 9h da manhã, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado como uma prévia da inflação. O índice fechou em 0,44% em maio, uma desaceleração comparado com o resultado de abril (0,60%).
O índice é publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e ficou abaixo das projeções de especialistas, que previam uma inflação na casa dos 0,55%.
No ano de 2021, o IPCA-15 acumula alta de 3,27%. Na soma de 12 meses, a alta é de 7,27%, ficando acima da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta da inflação é de 2,25% a 5,25%, sendo que 3,75% é o centro da meta.
O conjunto de vestuários representaram a maior variação do mês, ficando em 1,42% em maio.
Confira os dados completos do IPCA-15:
Total | 0,44% |
Alimentação e bebidas | 0,48% |
Habitação | 0,79% |
Artigos de residência | 0,89% |
Vestuário | 1,42% |
Transportes | -0,23% |
Saúde e cuidados pessoais | 1,23% |
Despesas pessoais | 0,09% |
Educação | 0,08% |
Comunicação | 0,03% |
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Boletim Focus: inflação fica perto de furar meta e PIB vai a 3,52%
Segundo dados do IBGE, a alta nos produtos farmacêuticos, de 2,98%, foi a principal responsável pela variação de 1,23% em saúde e cuidados pessoais.
No conjunto de habitação, a alta na energia elétrica foi de 2,31%. Segundo o IBGE, a energia elétrica foi o item de maior impacto individual no IPCA-15 (0,10 p.p.), impactado principalmente pela implementação da bandeira vermelha, que cobra R$ 4,169 a mais na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
O gás de botijão, pertencente ao conjunto de habitação, aumentou pelo 12º mês seguido, ficando em 1,45% no mês de maio.
A alta nas carnes (1,77% em maio, e 35,68% no acumulado de 12 meses) foi o principal item que elevou a alimentação no domicílio (0,50%), pertencente ao conjunto de alimentação e bebidas.
A inflação segue sendo um fator de preocupação dos brasileiros, com itens básicos como carnes registrando altas severas no acumulado de 12 meses, e contas de luz e gás de botijão também subindo.
Até o momento, as projeções do Boletim Focus, publicado pelo Banco Central (BC) semanalmente indicam que a inflação deve terminar o ano em 5,24%, a 0,01 p.p de furar o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).