O Brasil registrou uma inflação de 0,59% no mês de outubro, apontam os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou acima do esperado pelo mercado, que projetava uma alta de 0,48% no período, e encerra uma sequência de três meses seguidos de deflação no país.
Em julho (-0,68%), agosto (-0,36%) e setembro (-0,29%), o IPCA havia registrados variações negativas. O índice acumula agora alta de 4,70% no ano de 2022 e de 6,47% nos últimos 12 meses, ante 7,17% nos 12 encerrados em setembro de 2022.
Período | Taxa (%) |
Outubro 2022 | 0,59 |
Setembro 2022 | -0,29 |
Outubro 2021 | 1,25 |
Acumulado no ano | 4,70 |
Acumulado em 12 meses | 6,47 |
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito deles tiveram variação positiva nos preços. A maior alta do mês foi em Vestuário, que teve um aumento de 1,22% nos preços e um impacto de 0,06 ponto percentual no resultado final do IPCA.
O maior impacto foi do grupo Alimentação e bebidas (+0,72%), que contribuiu com 0,59 p.p. no resultado final da inflação brasileira. Na outra ponta, Comunicação foi o único grupo em queda com uma retração de 0,48% nos preços e um impacto de –0,03 p.p. no IPCA.
Na Alimentação, o IBGE destaca a aceleração nos preços da batata-inglesa (23,36%) e do tomate (17,63%), que tiveram juntos um impacto de 0,07 p.p. na inflação. O leite longa vida (-6,32%) e o óleo de soja (-2,85%) foram as quedas mais notáveis.
Em Comunicação, a retração nos preços foi puxada pela queda nos preços dos planos de telefonia móvel (-2,05%, que teve um impacto de –0,03 p.p. no resultado final.