Embora a pandemia de COVID-19 tenha gerado impactos negativos no setor de consumo e serviços, o Produto Interno Bruto (PIB) japonês cresceu mais que o anteriormente divulgado.
Segundo os dados divulgados, o crescimento econômico do país asiático ficou em 1,9% no segundo trimestre de 2021 na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Inicialmente, o crescimento divulgado no período era de 1,3%, com projeção de 1,6% pelos economistas.
Quanto a comparação trimestral, o crescimento foi de 0,5% ante o primeiro trimestre de 2021.
Segundo o Gabinete administrativo, que divulgou os dados nesta quarta-feira (08), os gastos de capital e um maior volume do setor industrial impulsionaram o bom desempenho da economia do país.
“A recuperação do Japão está atrás da de outras economias avançadas, é preciso aguardar até pelo menos o começo do próximo ano para a plena recuperação da econômica”, disse Takeshi Minami, do The Norinchukin Bank.
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Embora o crescimento tenha surpreendido as previsões de economistas, o Japão ainda sofre as consequências da pandemia de COVID-19. O país abordou o avanço das infecções de maneira diferente da de países da Europa, por exemplo, mas o impacto foi forte.
Além disso, a recente onda provocada pela variante Delta do vírus bota em cheque a retomada de toda a economia global, com a aplicação de novas medidas sanitárias nas principais potências.
A gestão do Japão durante a pandemia foi amplamente questionada. Neste mês, o noticiário do país foi marcado pelo anúncio de renúncia de reeleição do primeiro-ministro, Yoshihide Suga, do partido Liberal Democrata (PLD).
“Participar das eleições e administrar as medidas contra o coronavírus exigiria uma enorme quantidade de energia”, disse Suga à Reuters na semana passada.
Suga foi primeiro-ministro do Japão por pouco tempo. Entrou em setembro de 2020 no lugar de Shinzo Abe, que renunciou por conta de problemas de saúde.