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Mercado aguarda resultados no 4T20 que deem continuidade ao movimento de recuperação do 3T20

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Após a recuperação do PIB no terceiro trimestre de 2020, +7,7% vs. -9,7% no segundo trimestre, frente aos duros impactos da pandemia, a temporada de resultados do quarto trimestre (4T20) começou no dia 26 de janeiro. O mercado aguarda, enquanto as empresas reportam seus resultados, esperando que estes deem continuidade ao movimento de recuperação iniciado no 3T20.

A recuperação foi estimulada pela injeção de capital na economia por meio dos incentivos fiscais e monetários do governo e Banco Central, aumentando a liquidez no mercado. O retorno dos investidores estrangeiros para a Bolsa, além da estreia de IPOs, impactaram nos resultados.

 ENEVA (ENEV3) 

O 4T20 da Eneva (ENEV3) teve um lucro líquido excelente, conforme divulgou a empresa, com crescimento de 87,9% para R$ 686,5 milhões. O Ebitda ajustado do quarto trimestre foi de R$ 614,7 milhões, crescendo 16,3% na comparação anual. Na base anual, o avanço foi de 8,2%, totalizando R$ 1,6 bilhão. No consolidado do ano, a despeito da pandemia, a companhia de energia elétrica lucrou R$ 1,007 bilhão, um avanço de 67,7% na comparação com 2019.

O resultado financeiro de outubro a dezembro do ano passado foi negativo em R$ 74,3 milhões, ante R$ 121,5 milhões em 2019. No consolidado do ano, o resultado financeiro negativo foi de R$ 299,7 milhões, ante R$ 410,2 milhões de 2019. O resultado da empresa foi estimulado pelo crescimento da linha de impostos diferidos e pelo melhor desempenho operacional, com o mercado observando a recuperação em todo o país, do consumo de energia elétrica, que se reergueu nos últimos seis meses. 

ECORODOVIAS (ECOR3)

Um crescimento do tráfego nas principais rodovias sob a administração da Ecorodovias (ECOR3)  foi registrado no 4T20, porém uma grande baixa contábil levou a operadora de concessões de infraestrutura ao prejuízo. Reportando um prejuízo de R$ 630,7 milhões no 4T20, frente a um lucro de R$ 79,2 milhões no 4T19, a Ecorodovias (ECOR3) registrou que em termos recorrentes, teve lucro de R$ 55,3 milhões de outubro a dezembro de 2020, com baixa de 39,2% ano a ano, afetada pelos efeitos da pandemia. 

O tráfego consolidado de veículos cresceu 2,8% impulsionado pelo tráfego pesado, na expansão das exportações de soja e celulose. Porém insuficiente para compensar as perdas com o tráfego dos veículos de passeio. Em termos comparáveis, o tráfego nas rodovias apresentou uma queda de 1,7%. Com isso, o resultado do Ebitda pró-forma totalizou R$ 550,1 milhões, representando uma queda de 7,1%, com a margem regredindo 7,6 pontos percentuais, para 66,1%.


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BRASKEM (BRKM5) 

A Braskem (BRKM5) no embalo dos resultados, apresentou os números do seu 4T20, onde registrou lucro líquido atribuível aos acionistas de R$ 846 milhões, conseguindo reverter o prejuízo de R$ 2,9 bilhões ocorrido no período de outubro a dezembro de 2019. Em 2020, a maior produtora de resinas das Américas e líder global em biopolímeros, registrou prejuízo líquido de R$ 6,692 bilhões. 

Esse prejuízo se deu, principalmente, por um evento geológico em Alagoas, com afundamento do solo que ocasionou rachaduras em algumas casas, razão pela qual a empresa teve que arcar com compensação aos moradores além de reparação socioambiental. Contribuiu de forma negativa ainda o impacto da variação cambial no resultado financeiro dada a depreciação do real frente ao dólar sobre a exposição líquida no montante de US$ 3,400 bilhões. 

PETZ (PETZ3) 

A Petz anunciou há poucos dias o resultado do 4T20, onde declarou o lucro líquido de R$ 27,4 milhões, um aumento de 65,1% sobre o ganho líquido de R$ 16,6 milhões em igual período de 2019. Agora a varejista de produtos para animais de estimação anunciou a venda de parte de suas ações. Ao todo, foram mais de 14 milhões de papéis vendidos em bloco na Bolsa por meio de um leilão, o chamado block trade. A transação foi da ordem de R$ 283 milhões. 

O fundador da empresa e presidente até hoje, Sergio Zimerman, vendeu cerca de 3% da sua posição, observando que detém 35% da companhia. Os outros executivos, menos de 50% de suas partes. Segundo os cálculos do mercado, o dinheiro rendeu, mas não para o bolso dos empresários, e sim plicado em um programa de stock options, bem como para sanar impostos. 

Nessa forma de incentivo de longo prazo, a empresa dá a opção a executivos de comprar ações futuramente a um valor pré-determinado. A Petz também acabou de aprovar um novo plano de benefícios do gênero. Bastante robusto, ele será o correspondente a 5% do capital da rede. O IPO da empresa, realizado em setembro de 2020, encerrou na quarta-feira (10) e conforme divulgou a Petz, é meta dar continuidade ao plano de reconhecimento dos talentos executivos e fixá-los à empresa, dentro de um modelo de ‘partnership’ – uma parceria, mais do que uma estratégia de retenção de talentos, está intimamente ligado à própria cultura organizacional daquela empresa – alinhado com as mais modernas práticas do mercado. 

AZUL (AZUL4)

Enquanto as empresas divulgam seus resultados, a Azul (AZUL4) teve seu plano de recompra de até dois milhões de ações aprovado pelo seu conselho de administração. O objetivo é adquirir ações preferenciais de sua própria emissão. A companhia aérea brasileira explicou que este programa de recompra será utilizado para atender obrigações assumidas no plano de outorga de ações restritas para os próximos anos, e que foi aprovado em junho de 2014, conforme alterado, bem como em eventuais outros planos de remuneração de longo prazo da companhia aprovados em assembleia Geral.

BANCO INTER (BIDI11)

O Banco Inter (BIDI11) esclareceu junto à Comissão de Valores Imobiliários, um anúncio feito pelo diretor presidente da instituição, João Vitor Menin, sobre uma potencial compra de uma empresa especializada em realidades virtual e aumentada. No comunicado oficial, a gestão esclareceu que não há nenhuma transação neste sentido.  Porém, destacou que segue estudando possibilidades no setor, com poder de impactar o relacionamento entre o banco e o cliente no futuro. A instituição financeira garante que qualquer negócio neste sentido será informado ao CVM e ao mercado como um todo. 

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