Mark Zuckerberg, CEO e fundador da Meta (META), anunciou nesta quarta-feira (11) a demissão em massa de 13% do corpo de funcionários da empresa, cerca de 11 mil funcionários.
O anúncio vem na esteira de um cenário econômico pouco favorável para as empresas do vale do Silício. Com o avanço da inflação e alta nas taxas de juros, o mercado de risco, tecnológico e de startups, ficou mais exposto.
Em uma mensagem divulgada para os funcionários, Zuckerberg admite que “errou” e que assume a responsabilidade, já que a Meta também passa por problemas com concorrência:
“A desaceleração macroeconômica e o aumento da concorrência fizeram com que nossa receita fosse muito menor do que eu esperava”, disse o CEO. “Sei que isso é duro para todos, e sinto muito especialmente por aqueles que serão afetados”.
Agora, a companhia pretende continuar com o congelamento na contratação de novos funcionários, além de conseguir efetivar um extenso corte de gastos.
No terceiro trimestre, os lucros da Meta ficaram em US$ 4,4 bilhões, 52% menores que o mesmo período no ano anterior. Entre os vários problemas da companhia, está a estagnação no número de funcionários.
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A Meta ainda possui um dos maiores ecossistemas de redes sociais do planeta, contando com o WhatsApp, Instagram e Facebook. Nos últimos anos, porém, vem perdendo parte da fatia de mercado para concorrentes de peso, como o TikTok.
O ambicioso plano envolvendo o metaverso, uma grande aposta de Zuckerberg, já representou perdas próximas de US$ 20 bilhões para a empresa desde o ano passado.
O resultado é uma queda abruta nas ações da META. Desde novembro do ano passado, o tombo foi de 74%, a US$ 96 por ação.
A Meta não é a única gigante do ramo tech que demitiu funcionários nesse período de aversão ao mercado de risco. Yelp, Uber, Better, Bybit, Compass, MasterClass, PayPal, Netflix e Robinhood também fazem parte da extensa lista de startups que decidiram pelo corte de parte de suas forças de trabalho, na medida em que os sentimentos do mercado apontam para uma desaceleração econômica mundial.
De acordo com a plataforma layoffs.fyi, que monitora as demissões nas startups, mais de 106 mil funcionários foram demitidos desde o início do ano, embora o ritmo tenha reduzido no segundo semestre do ano.
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