De acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o crescimento na demanda mundial por petróleo deve diminuir no próximo ano, para 2,7 milhões de barris por dia (bpd).
A previsão foi feita no relatório mensal divulgado pela OPEP divulgado na manhã desta terça-feira (12).
“Em 2023, as expectativas de um crescimento econômico saudável em meio aos desenvolvimentos geopolíticos, combinados com uma melhora na mitigação do avanço da COVID-19 na China, devem aumentar o consumo de petróleo”, diz o relatório.
Para este ano, as expectativas da demanda ficaram inalteradas, de 3,36 milhões de barris por dia (bpd).
Segundo o relatório, a OPEP espera um cenário para o ano que vem sem maiores desenvolvimentos relacionados à guerra na Ucrânia. Além disso, os riscos inflacionários não devem prejudicar em grande escala o crescimento econômico.
É esperado que, em um curto prazo, o preço do petróleo no mercado internacional continue alto, apesar das quedas recentes impulsionadas por medos de uma recessão global e uma demanda um pouco menor. Isso porque a demanda ainda segue forte.
Hoje, o barril de brent, do Mar do Norte, ainda está acima dos três dígitos, custando US$ 101,89 às 10h30 desta terça-feira (11).
Parte da defasagem na oferta de petróleo, além da limitada capacidade de refino mundial, acontece após a aplicação do pacote de sanções pela Europa e Estados Unidos contra a Rússia, que hoje é uma das maiores produtoras do mundo da commodity, após o início da guerra na Ucrânia.
Caso as perspectivas de uma recessão, principalmente nos Estados Unidos, se confirmem, o barril de petróleo deve passar por quedas. De acordo com o Citi Bank, pode chegar a US$ 65 neste ano e US$ 45 para o ano que vem.
“As evidências históricas sugerem que a demanda por petróleo fica negativa apenas nas piores recessões globais, mas os preços do petróleo caem em todas as recessões para perto de seu custo marginal”, disse o Citi.