Notícias

PIB dos EUA retrai 1,4% no primeiro trimestre e fica abaixo das estimativas

2 Minutos de leitura

De acordo com dados divulgados na manhã desta quinta-feira (28) pelo Departamento de Análises Econômicas dos Estados Unidos (BEA em inglês), o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos apresentou uma retração de 1,4% no primeiro trimestre do ano na comparação com o trimestre imediatamente anterior. 

A primeira estimativa do BEA surpreendeu as expectativas do mercado, que acreditava em um crescimento de 1,1% no período. 

É uma desaceleração considerável comparada com a alta de 6,9% registrada no quarto trimestre de 2021. É também a primeira queda do PIB desde o segundo trimestre de 2020, marcado pelo início da pandemia de COVID-19. 

“No primeiro trimestre, o aumento de casos de COVID-19 relacionados à Ômicron resultou em restrições e disjunções contínuas nas operações de estabelecimentos em partes do país”, disse o BEA. 

Ainda segundo o BEA, não é possível quantificar totalmente os efeitos causados pela pandemia no PIB do país porque os impactos estão embutidos nas fontes dos dados e não podem ser separados individualmente. 

As quedas no investimento privado em estoques e exportações, enquanto as importações aumentaram, também foram um dos principais fatores que impactaram na queda do PIB. 

A guerra na Ucrânia, que surpreendeu o mercado no início deste ano, também causa danos severos não só na escalada dos preços do mercado energético e alimentício, mas nos gargalos da cadeia global de distribuição de insumos. Essa situação é agravada por indícios de que a China, que já isolou 25 milhões de pessoas em Xangai, faça a mesma coisa em Pequim para tentar conter a alta nos casos de COVID-19. 


Saiba mais

Inflação dos EUA acelera para 1,2% em março e acumula a maior taxa anual em 40 anos


Os dados divulgados hoje ainda serão revisados, mas já elevam a pressão sobre o Federal Reserve (Fed) do país, que lida com a maior inflação em 40 anos enquanto estuda um ritmo de aumento nas taxas de juros para tentar barrar o avanço da alta dos preços. 

Ao mesmo passo em que a inflação e PIB surpreendem o mercado, cresce o sentimento de que o país pode enfrentar uma recessão no ano que vem, embora essa possibilidade ainda esteja baixa. 

Os economistas esperam que os dados de consumo do país, que representam dois terços da atividade econômica doméstica, ajudem no desempenho do PIB na próxima revisão, que acontecerá no dia 26 de maio. O boom no consumo é em sua maioria atribuído à superação da pandemia. 

Juan Tasso - Smart Money

Jornalista Smart Money — Leia, estude, se informe! Apenas novas atitudes geram novos resultados!

1857 posts

Sobre o autor
Jornalista Smart Money — Leia, estude, se informe! Apenas novas atitudes geram novos resultados!
Conteúdos
Postagens relacionadas
Notícias

Setor de Serviços surpreende e cresce 0,9% em maio, acima das expectativas

1 Minutos de leitura
O volume de serviços no Brasil apresentou um crescimento surpreendente de 0,9% em maio, superando a previsão dos analistas de uma alta…
Destaques do diaNotícias

Relatório Focus: projeções para Inflação de 2023 e 2024 caem, enquanto expectativas para o PIB aumentam

1 Minutos de leitura
Em uma nova edição do Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, as projeções para a inflação brasileira de 2023 e 2024 foram…
Notícias

IBC-Br surpreende e cresce 0,56% em abril, superando expectativas do mercado

1 Minutos de leitura
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou um crescimento…