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Por que a situação de Taiwan preocupa o mercado? 

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Saiu nesta quarta-feira (03) da ilha de Taiwan a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, após uma semana de embates diplomáticos e ameaças de retaliação da China. 

Pelosi chegou em Taiwan nesta terça-feira (02) e marcou a primeira visita de um representante do governo norte-americano desde 1997. Segundo ela, a viagem acontece para celebrar a “vibrante democracia” da ilha. 

O governo chinês, por outro lado, retaliou. A porta-voz do ministério de Relações Exteriores da China, Hua Chunying, disse que os EUA “pagarão” por minar a soberania no país, marcando um dia de alta volatilidade no mercado financeiro. 

Em ressonância, uma fala parecida foi divulgada do embaixador chinês nos EUA: 

“É uma violação grave do princípio de uma só China e das disposições dos três comunicados conjuntos sino-americanos. É um duro golpe para a base política das relações China-EUA e infringe seriamente a soberania e a integridade territorial da China. É um movimento imprudente e provocativo”, disse Qin Gang à CNN 

Hoje, o governo chinês anunciou um novo pacote de sanções contra a ilha, incluindo a suspensão de importações de frutas, pescados e produtos de 35 empresas do ramo de biscoitos e doces da ilha, bem como as exportações de areia. 

Embora Pelosi já tenha saído após ser recebida pela presidente Tsai Ing-wen, de Taiwan, o mercado segue de olho no que pode acontecer entre as relações China x EUA. Além disso, problemas na ilha significariam gargalos consideráveis no setor tech mundial. 


Saiba mais

Entenda a crise de semicondutores e como ela já afeta a sua vida


Boa parte dos equipamentos eletrônicos que dominam o mercado consumidor, como notebooks, vídeo games e celulares, possuem chips de empresas da ilha, como a gigante TSMC e a UMC. Hoje, 65% de todos os chips do mundo vêm de Taiwan. 

O problema é que o mundo ainda não passou pela grande crise de semicondutores iniciada em 2021. A indústria sentiu duros impactos na demanda durante a pandemia de COVID-19, agravada por um setor que demora para se recuperar.  

A guerra comercial entre os EUA e China é um fator agravante. No ano passado, por exemplo, os EUA proibiram a comercialização de produtos da Semiconductor Manufacturing International (SMIC), a maior fabricante de chips da China. Assim, a companhia disse que não conseguiu manter sua capacidade total de produção. 

O mercado teme que a China retalie na forma de imposições e avanços militares em Taiwan, desestabilizando uma economia global de semicondutores que ainda passa por problemas. 

Mesmo desconsiderando os efeitos no mercado tech, desestabilizações geopolíticas sempre são um fator de preocupação no mercado, principalmente considerando que a guerra na Ucrânia, que já trouxe problemas energéticos globais, ainda não possui data para acabar. 


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Juan Tasso - Smart Money

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