De acordo com dados publicados pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (17), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) sofreu retração de 0,99% em janeiro na comparação com o mês imediatamente anterior.
O resultado ficou aquém do esperado pelo mercado, que aguardava uma queda de 0,25% na taxa mensal.
É o primeiro resultado negativo desde outubro de 2021, quando o índice caiu 0,4%. É também a maior queda desde março do ano passado, quando a retração foi de 1,59%.
O índice acumulado dos últimos 12 meses teve alta de 4,73%. Comparando janeiro deste ano com o mesmo período no ano anterior, é uma taxa positiva de 0,01%.
Em 2022, a economia brasileira ainda passa pelas pressões que marcaram o segundo semestre de 2021. Houve o avanço da ômicron, nova variante de COVID-19, além da inflação alta.
No cenário externo, a guerra na Ucrânia coloca ainda mais pressões sobre a inflação global, podendo prejudicar os mercados energético, a agricultura e a rede de distribuição.
No Brasil, os impactos já estão sendo sentidos através dos preços dos combustíveis, que são reflexo da alta do petróleo no mercado internacional. No último reajuste da Petrobras, realizado no dia 10 de março, a gasolina subiu 18,8%, enquanto o diesel subiu 24,9%.
Em um ano, o preço da gasolina que sai das refinarias subiu 35,9%. O diesel, por outro lado, subiu 57,6% no mesmo período.
Segundo o Boletim Focus, relatório semanal do BC, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro terminará o ano em 0,49%, bem abaixo do crescimento de 4,6% em 2021, ano marcado pela recuperação da queda causada pela pandemia.
