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Resultados de Morgan Stanley e JPMorgan ampliam tom negativo do mercado, que teme uma recessão

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Foi aberta nesta semana a temporada de resultados das empresas dos Estados Unidos, momento em que todos os olhos do mercado estão de olho nos efeitos inflacionários e como eles impactaram as companhias do país. 

Os medos de uma possível recessão na maior economia do planeta não são infundados. Com a inflação batendo alta anual de 9,1% em junho e um Federal Reserve (Fed) correndo atrás com a curva de juros, cresce o sentimento de que a soma de fatores resultará em retrações econômicas. 

Na semana passada, o payroll norte-americano deu sinais de que o mercado trabalhista, que gerou 372 mil empregos em junho, acima do esperado, ainda não foi impactado de forma severa. Por outro lado, isso pode significar uma inflação ainda mais pressionada nos próximos meses. 

Na mesma direção, embora a economia norte-americana esteja gerando números fortes no mercado de trabalho, a média de salário por hora do país, considerando a inflação, está sofrendo sua maior queda em 40 anos. 

A temporada de resultados vem como mais um importante fator que pode sinalizar os próximos passos da economia norte-americana, e julgando por dois dos maiores bancos dos EUA, a situação não está tão favorável. 


Saiba mais

Para head de Renda Variável da Messem, o Fed terá um desafio pela frente em meio a uma inflação disseminada


O Morgan Stanley teve queda de 29,4% nos lucros, fechando o segundo trimestre com um saldo líquido de US$ 2,4 bilhões, ou US$ 1,39 por ação. Os analistas já esperavam quedas nos lucros, mas os resultados oficiais ficaram ainda piores. 

A JPMorgan, na mesma direção, registrou lucros de US$ 8,65 bilhões no segundo trimestre do ano, uma queda de 28%. O banco reservou mais dinheiro para mitigar os efeitos de uma possível recessão, mas a queda foi maior que o esperado. 

O resultado está alinhado com as falas de Jamie Dimon, CEO do banco. Na época, ele havia dito que “aquele furacão está bem ali na estrada vindo em nossa direção”, se referindo a situação econômica do país. 

O JPMorgan também decidiu pela suspensão temporária de recompra de ações para se manter dentro das normas de capital. 

Às 15h50 desta quinta-feira (14), o JPMorgan registra queda de 3,77% nas ações, a US$ 107,69. 

Juan Tasso - Smart Money

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