De acordo com dados publicados pelo Serasa Experian nesta terça-feira (27), os pedidos de recuperação judicial no país diminuíram em 24,5% no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo a pesquisa, no total, 454 pedidos de recuperação judicial foram feitos nos primeiros seis meses do ano, menor número acumulado desde 2014, quando ficou em 414.
“A retomada econômica obtida no primeiro trimestre deve continuar se fortalecendo, o que impacta positivamente esse cenário. Além disso, a expansão do mercado de crédito brasileiro foi essencial para manter os negócios em operação. Um terceiro fator são as linhas de renegociação, que seguem crescendo e ajudando a afastar os empresários da insolvência”, disse Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.
No primeiro semestre de 2020, as empresas sentiram o baque do início da pandemia de COVID-19 no país, que paralisou serviços, provocou isolamento social e medidas de contenção da doença.
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Das companhias pesquisadas, as micro e pequenas empresas representaram 312 pedidos. As médias representam 97, e as grandes, 45.
De acordo com o Serasa, o setor de serviços foi o que teve o mais baixo desempenho, com 238 pedidos no período. A indústria foi a menos afetada, com 73 pedidos. Quanto ao comércio, os pedidos somaram 96.
Na comparação com o primeiro semestre de 2020, as requisições por falências cresceram 2,9%, atingindo 468 pedidos.
A tendência é que o segundo semestre de 2021 também apresente uma queda nos pedidos por recuperação judicial ante o mesmo período do ano passado. Tudo isso é impulsionado pela recuperação da economia após baque da pandemia, medidas de restrição mais brandas e avanços na vacinação em massa.