O Banco da Rússia, em um relatório intitulado “Negociações com criptomoedas: tendências, riscos e medidas” apresentado nesta quinta-feira (20), recomenda que o país proíba toda e qualquer transação envolvendo criptomoedas no país.
O relatório foi apresentado durante uma conferência realizada online com a diretora do Departamento de Estabilidade Financeira do Banco da Rússia, Elizaveta Danilova.
Caso o governo do país atenda as recomendações do banco, a Rússia seguirá os passos da China, que baniu as criptomoedas decentralizadas em setembro do ano passado.
As mesmas justificativas usadas pelo governo chinês foram apontadas no relatório apresentado pelo Banco da Rússia. As criptomoedas, segundo o documento, são muito voláteis e permitem a realização de operações ilegais, como as fraudes financeiras.
Além disso, segundo o banco, as criptomoedas representam um risco ambiental por conta dos processos de mineração dos ativos digitais que consomem altos níveis de energia elétrica.
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Embora medidas mais duras tenham partido da Rússia e China, com países como a Índia também estudando possíveis banimentos, o uso de ativos digitais decentralizados é uma preocupação de instituições monetárias de todo o mundo. Os governos temem que o uso de criptomoedas tão voláteis prejudique, eventualmente, o funcionamento do sistema financeiro.
Caso a mineração de criptomoedas seja efetivamente proibida no país, o impacto sobre os ativos deve ser severo, já que a Rússia é o terceiro país que mais registra criptos na blockchain, sendo responsável por 13,6% no total.
Hoje, o maior destino da mineração dos ativos digitais é os Estados Unidos, com 42,7% do total, seguido por Cazaquistão, com 21,9%.
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