O bilionário Elon Musk, dono de empresas como a Tesla e SpaceX, comprou 9,2% das ações emitidas pela rede social Twitter. Embora não tenha sido diretamente anunciada por Musk no dia da compra (14 de março), o mercado tomou conhecimento após documentos divulgados nesta segunda-feira (04).
O documento é o padrão apresentado para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). Nele, consta que Elon Musk agora possui 73.486.938 ações do Twitter, avaliadas em R$ 2,9 bilhões.
Com a publicação do documento, as ações do Twitter (TWTR) na New York Stock Exchange (NYSE) chegaram a subir 25% no pré-market desta segunda (04).
Embora a participação acionária de Musk seja passiva, ela acontece após o bilionário questionar as políticas de liberdade de expressão na plataforma em uma série de tweets.
Em uma das publicações, Musk questiona o que pode ser feito considerando que “o Twitter serve como uma praça pública, portanto, não aderir aos princípios da liberdade de expressão fundamentalmente prejudica a democracia”.
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Os tweets se referem às políticas de moderação de conteúdo aplicadas pelas grandes redes sociais, como Facebook e Twitter. Em uma enquete publicada pelo bilionário, 70% das pessoas acreditam que o Twitter não respeita os fundamentos de liberdade de expressão.
Com a compra de 9,5% das ações do Twitter, Elon Musk se coloca em uma posição onde conversas abertas com o Conselho de Administração da rede social são possíveis.
A história de Musk com o Twitter é extensa. Ele ingressou na plataforma em 2009, e a usa para fazer diversos anúncios referentes às suas companhias, além de fazer piadas para seus mais de 80 milhões de seguidores.
Recentemente, ele foi proibido pela SEC de publicar tweets que influenciem o valor das ações da Tesla (TSLA) após o bilionário publicar informações acerca da produção da companhia.
Foto: Reuters / Reprodução