O bilionário Elon Musk, homem mais rico do mundo e CEO da Tesla e SpaceX, se envolveu em mais uma polêmica nesta segunda-feira (06). Em conflito com o Twitter sobre o número de contas falsas na plataforma, o empresário ameaça desistir de comprar a companhia.
Em uma carta enviada a companhia, dona de uma das maiores redes sociais do mundo, Musk pediu novamente acesso aos dados de usuários da plataforma. Segundo ele, os números de contas falas no Twitter são muito maiores que os 5% reportados pela empresa.
O documento, assinado por representantes legais de Elon Musk, afirma que o Twitter tem se negado a compartilhar as informações requisitadas pelo bilionário desde o dia 9 de maio. “O Twitter, de fato, se recusou a fornecer as informações que Musk solicitou repetidamente desde 9 de maio de 2022 para facilitar sua avaliação de spam e contas falsas na plataforma da empresa”, aponta um trecho da carta.
“A última oferta do Twitter de simplesmente fornecer detalhes adicionais sobre as metodologias de teste da própria empresa, seja por meio de materiais escritos ou explicações verbais, equivale a recusar as solicitações de dados de Musk”.
No meio de maio, Elon Musk colocou a operação de compra do Twitter ‘em espera’, alegando que o número de contas falsas na plataforma é um motivo de grande preocupação para os seus planos de rentabilização da empresa. Em resposta, o Twitter se defendeu das acusações de que não está cooperando com o bilionário e sua equipe.
“O Twitter tem e continuará compartilhando informações de maneira cooperativa com Musk para consumar a transação de acordo com os termos do acordo de fusão”, apontou em nota a empresa.
Analista do mercado apontam que Elon Musk pode estar usando do conflito sobre a base de usuários para renegociar o preço acordado ou até mesmo desistir por completo da aquisição do Twitter.
No dia 25 de abril, o Twitter divulgou em nota que havia aceitado uma oferta de aquisição feita por Elon Musk, avaliada em cerca de US$ 44 bilhões – US$ 54,20 por ação – para compra de 100% do capital social da empresa. Desde então, o bilionário tem externado preocupações com o número de ‘bots’ na rede social e o impacto dessas contas falsas nos seus planos de monetizar a plataforma.
Com a notícia de que o bilionário está repensando o acordo, as ações do Twitter (NYSE: TWTR) vivem mais um dia de queda em Wall Street. Os papeis da empresa apresentavam uma desvalorização de 1,74%, cotadas em US$ 39,46, às 16h39 (horário de Brasília) de hoje. Ao longo do pregão, os ativos chegaram a cair 5,60% a US$ 37,92.
