É o fim de uma novela. Foi confirmada na tarde desta segunda-feira (25) a aquisição do Twitter por Elon Musk, fundador da SpaceX e CEO da Tesla. Em anúncio, a rede social confirmou a compra por US$ 54,20 por ação, totalizando US$ 44 bilhões, apenas 11 dias após a oferta feita pelo bilionário.
Em um tweet, Elon diz que espera que seus maiores críticos “fiquem no Twitter, pois é isso que liberdade de expressão significa”.
“Twitter possui um propósito e relevância que impacta o mundo inteiro. Estou profundamente orgulhoso do nosso time e inspirado pelo trabalho que a cada dia se prova mais importante”, disse o CEO do Twitter, Parag Agrawal, no anúncio da compra.
A aquisição acontece após vários planos do Twitter de aplicar uma ‘poison pill’ na oferta. A estratégia, que se traduz para ‘pílula venenosa’, tenta proteger seus acionistas da investida de Elon Musk no risco de perda de controle da companhia.
A estratégia visa dificultar, ou até impedir, a aquisição de novas ações, criando cláusulas, por exemplo. A ideia é dar uma resposta direta ao que chamam de ‘hostile takeover’, ou aquisição hostil, que pode promover uma perda de controle dos acionistas da empresa. Ao que indica, porém, a estratégia não funcionou.
Saiba mais
Twitter deve aceitar a proposta de Elon Musk
Em sua carta enviada para o chairman do Twitter no momento da oferta, Elon Musk disse que percebeu, após realizar seu investimento, que a companhia não está representando a importância social de uma plataforma de liberdade de expressão, e que “o Twitter precisa ser transformado em uma empresa privada”.
A liberdade de expressão é uma das grandes justificativas para a aquisição de Elon Musk, que acredita que a plataforma possui uma grande importância na democracia. Hoje, porém, é difícil apostar quais mudanças serão feitas por Musk para preservar suas ideias.
Em entrevista recente no TED, Musk disse que é importante que as pessoas sejam livres dentro da lei:
“É realmente muito importante que as pessoas possuam a realidade e percepção de que elas são livres para falar dentro dos limites da lei. Eu acho que o risco civilizacional diminui na medida em que aumentamos a confiança do Twitter como plataforma pública”.
Foto: Reuters