Não se fala em outra coisa nos noticiários de tecnologia. Na semana passada, o bilionário Elon Musk, atualmente o homem mais rico do planeta e CEO da Tesla e SpaceX, fez uma oferta de compra do Twitter a por US$ 54,20 por ação, totalizando US$ 41,5 bilhões.
A investida de Musk acontece a menos de duas semanas após documentos tornarem pública a compra de 73.486.938 ações, totalizando 9,2% da participação total do Twitter.
Em sua carta enviada para o chairman do Twitter, Elon Musk disse que percebeu, após realizar seu investimento, que a companhia não está representando a importância social de uma plataforma de liberdade de expressão, e que “o Twitter precisa ser transformado em uma empresa privada”.
A pressão de Musk sob o Twitter é enorme, e muitos economistas acreditam que a rede social deve aceitar a proposta, ou encontrar outra oferta em um curto espaço de tempo.
Em resposta, o Twitter botou em prática o mecanismo conhecido como Poison Pill, ou “pílula venenosa”, para proteger seus acionistas da investida de Elon Musk no risco de perda de controle da companhia.
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Elon Musk se oferece para comprar o Twitter por US$ 41 bi
A estratégia visa dificultar, ou até impedir, a aquisição de novas ações, criando cláusulas, por exemplo.
A ideia é dar uma resposta direta ao que chamam de ‘hostile takeover’, ou aquisição hostil, que pode promover uma perda de controle dos acionistas da empresa. Caso a aquisição não dê certo, Elon Musk disse que deve vender sua participação na companhia.
“Se essa negociação não funcionar, levando em consideração que não tenho confiança na administração e não acredito que posso promover uma mudança no mercado, eu teria que reconsiderar minha posição como acionista”, disse Musk.
De qualquer maneira, principalmente levando em consideração a imagem pública de Elon Musk no Twitter, muito drama deve sair dessa “história de amor” entre a rede social e o homem mais rico do planeta.
Foto: Reuters