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Meta se prepara para o pior enquanto Zuckerberg avisa funcionários sobre possivelmente uma das “piores crises” da história recente

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O CEO de uma das companhias mais queridinhas do Vale do Silício deu sinais de que julho pode ser um mês tão difícil para o setor tech quanto junho. Mark Zuckerberg, fundador da Meta, que tem sob seu guarda-chuva o Facebook e Instagram, disse para seus funcionários se prepararem para o que pode ser uma das “piores crises” da história. 

“Se eu tivesse que apostar, eu diria que pode ser uma das piores crises que vimos na história recente” disse Mark Zuckerberg em uma sessão de perguntas e respostas com seus funcionários em um áudio obtido pela Reuters. 

Não é o primeiro gigante do setor tech a acender o alerta vermelho. Há poucas semanas atrás, o CEO da Tesla e SpaceX, Elon Musk admitiu ter um “sentimento muito ruim” com o mercado, anunciando que a companhia pretende desacelerar as contratações. Nesta semana, a Tesla demitiu 200 funcionários do setor de automação. 

Zuckerberg disse que a empresa deve aplicar seus planos de estruturação, a começar por profundos cortes no ritmo de contratações de engenheiros, que, segundo ele, chegará a 30% neste ano. 

Além disso, o CEO da Meta disse que deve aplicar um tom mais duro na gestão de desempenho com o objetivo de efetuar cortes de pessoas que não conseguirem lidar com metas mais agressivas. 

“Realisticamente, provavelmente existem várias pessoas na companhia que não deveriam estar aqui”, disse Zuckerberg. “Parte do meu objetivo de elevar as expectativas e aplicar objetivos mais agressivos, aumentando um pouco a temperatura, é que alguns de vocês decidam que este lugar não é para você, e essa reflexão é OK para mim”. 


Saiba mais

Em um mercado incerto, startups promovem demissões em massa em 2022


De acordo com a plataforma layoffs.fyi, mais de 46 mil pessoas foram demitidas em startups no mundo inteiro. O momento é de pessimismo no mercado, na mesma medida em que as políticas monetárias dos países ficam mais apertadas para lidarem com as pressões inflacionárias. 

Nesse cenário, aquelas startups que apropriaram do modelo cashburn para captarem boas fatias do mercado global saem como grandes prejudicadas, já que o nível de exposição para a variação nas taxas de juros é alto. 

Na linha de Zuckerberg, Chris Cox, diretor de produtos da Meta, disse em um memorando que o momento é de “ventos contrários”: 

“Tenho que ressaltar que estamos em tempos complicados aqui e que os ventos contrários são ferozes”, disse Cox. “Temos que ter uma execução perfeita em um ambiente de pouco crescimento, onde os times não deveriam esperar um grande fluxo de novos engenheiros e orçamentos”. 

Juan Tasso - Smart Money

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