A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) está investigando o bilionário Elon Musk, dono da Tesla e SpaceX, por seu comportamento durante o processo de compra do Twitter por ele. A SEC questiona o timing em que Musk anunciou o acordo para compra da empresa, uma das redes sociais mais populares do mundo.
Em documento enviado para o empresário, a autarquia norte-americana questiona ainda os motivos de Musk não ter enviado a documentação necessária para anunciar a sua participação na empresa. A carta em questão diz respeito à compra de ações feitas por ele ainda em março, antes de o bilionário se tornar o segundo maior acionista individual da companhia.
Segundo as normas da SEC, a fatia de Musk no Twitter ultrapassou os 5% no dia 14 de março e o bilionário teria então 10 dias para tornar a sua participação na empresa pública. Ao manter sua participação na companhia em segredo, Elon Musk teria manipulado o preço dos papéis da companhia na bolsa.
A SEC entrou em ação pois um grupo de investidores da plataforma se considera lesado por conta do sigilo mantido pelo empresário. A acusação alega que Musk economizou US$ 156 milhões ao manter sua fatia do Twitter em segredo, uma vez que ele só anunciou sua participação na empresa em abril, quando já possuia 9,2% das ações do Twitter.
O grupo de investidores alega ainda que Musk está manipulando o mercado ao esperar para dar seguimento no processo de compra do Twitter. O bilionário argumenta que só finalizará o acordo quando a plataforma mostrar que os bots e contas falsas não são um problema para a empresa.
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Desde o início de abril, as os papéis do Twitter (NYSE: TWTR) estão entre os mais voláteis em Wall Street. As ações da empresa alcançaram máximas no ano após Musk anunciar os planos de comprar 100% do capital social da mesma, mas derreteram no último dia 13 de maio quando o bilionário anunciou a suspensão do processo de compra da plataforma.