Renda Fixa

Como diversifico meus investimentos em Renda Fixa?

3 Minutos de leitura

Com a Selic, a taxa básica de juros brasileira, em 13,25% a.a., os olhos estão brilhando para a Renda Fixa

Em um cenário marcado por incertezas e alta volatilidade no mercado, parte dos investidores acabam optando por opções mais seguras, mesmo que signifiquem retornos menores. Esse ciclo na história acontece após um momento muito favorável para os investimentos em renda variável. 

Os títulos atrelados pós-fixados, por exemplo, atrelados à Selic, se tornaram opções relevantes para investidores que querem uma sugestão segura para ficar acima da inflação e evitar riscos. 

Mesmo com um cenário favorável para esse tipo de aplicação, é importante ressaltar o momento único na história que estamos vivendo: alta incerteza no mercado internacional, com grandes pressões inflacionárias provocadas por uma guerra no leste europeu. Prever o futuro, portanto, é uma tarefa impossível, e você deve ter isso em mente ao aplicar o seu dinheiro. 

Por isso, mesmo com estratégias mais conservadoras e seguras, é importante voltarmos para os principais pilares do investidor: a diversificação

Por que devo diversificar? 

Você muito provavelmente já ouviu falar sobre como a diversificação do seu portifólio é muito importante para a construção de uma carteira saudável, e com investimentos em renda fixa a situação não é diferente. 

Se todo o seu dinheiro ficar concentrado em apenas uma aplicação, você estará assumindo uma série de riscos, podendo inclusive ocasionar em perdas na sua carteira por mais sólido que o investimento pareça. 

Abalos são normais no mercado financeiro. Por isso, a diversificação é uma forma de diluir os riscos em inúmeras aplicações diferentes. A lógica é que caso uma aplicação tenha problemas de retorno, o restante da sua carteira pode dar conta do recado. 

O planejamento é essencial, principalmente se tratando de um momento histórico como esse que estamos passando. 


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Por onde começo? 

Com a Selic passando de dois dígitos, muitos economistas recomendam que boa parte da sua carteira seja alocada em investimentos pós-fixados atrelados à taxa de juros. 

Mas calma, vamos por partes. O que são os investimentos pré-fixados e pós-fixados? 

Pré-fixados: respeitando o prazo acordado, o investidor já sabe quanto o seu dinheiro vai render. Se você investir em um CDB (Certificado de Depósito Bancário) com retorno de 7% ao ano, por exemplo, você receberá ao final da aplicação seu investimento mais 7% de juros. 

Pós-fixados: você saberá seus rendimentos ao final do investimento. Essa categoria está atrelada a algum indicador, como o IPCA, CDI e a própria Selic. 

Mas afinal, por que existe uma certa preferência hoje por pós-fixados? 

“Com esse aumento da Selic, nós estamos olhando mais para os produtos pós-fixados”, diz Manoella da Maia, capitã de Renda Fixa da Messem investimentos. “Conseguimos ver uma rentabilidade avançada e ter previsibilidade”. 

É sinalizado pelo Banco Central (BC) brasileiro que a Selic continuará alta por um tempo, ao mesmo ritmo em que a inflação brasileira, o IPCA, deve seguir um ritmo de desaceleração ao término do ano. 

O Tesouro Selic, por exemplo, emitido pelo Tesouro Nacional, conta hoje com um investimento mínimo de R$ 118,25. A rentabilidade anual é da taxa Selic + 0,1010%. Ou seja, é um tipo de investimento de curto prazo que deve proteger o investidor das taxas inflacionárias. 

Mas não esqueça de diversificar sua carteira! Outra aplicação que pode fazer parte da sua carteira são títulos que são atrelados à inflação, como o Tesouro IPCA 2026, emitido também pelo Tesouro Nacional. Neste caso, é considerado como um investimento a longo prazo com rentabilidade do IPCA + 5,73%. 

Se você está pensando em investimentos a médio prazo, os CDBs também são uma boa escolha. As letras de crédito (LCI e LCA) devem ficar no seu radar, já que são isentas de Imposto de Renda (IR). 

Manter uma carteira com diferentes prazos é uma estratégia comum que pode dar certo, protegendo o investidor de oscilações em índices como o IPCA e a meta Selic. 

Tudo a ver com o seu perfil 

Essas são apenas algumas formas de você conseguir diversificar sua carteira de Renda Fixa. 

A Renda Fixa é uma modalidade farta de investimentos, mas é importante salientar que tudo depende das suas estratégias de investimento e perfil da carteira. É importante ter isso em mente porque diferentes metas e objetivos constroem diferentes investimentos. 

É fácil de visualizar: caso você esteja guardando recursos para uma grande viagem, ou um investimento que você sabe que precisará em um curto prazo, títulos pré-fixados com vencimentos próximos à data escolhida podem ser uma boa opção. 

Em outra direção, caso você queira montar uma reserva de emergência, onde você quer necessariamente ter o acesso ao dinheiro a todo tempo, os pós-fixados podem ser a escolha certa. 

Juan Tasso - Smart Money

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