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Open Banking: conheça a tecnologia que estreia hoje no Brasil

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Estreia hoje no Brasil o open banking, o conjunto de tecnologias inovadoras do mercado que busca facilitar a troca de informações sobre clientes de bancos entre todas as instituições financeiras do país. A primeira fase do novo serviço já deveria ter começado em novembro, mas foi adiada a pedido das instituições, que alegaram comprometimento por conta da pandemia, pagamentos do Auxílio Emergencial e implementação do PIX.

“O Open Bank certamente será a nova revolução do sistema bancário, pois os bancos pequenos e até mesmo as fintechs terão uma grande possibilidade de aproximar seus produtos de correntistas das grandes instituições financeiras. Com isso, podem oferecer produtos sobre medida para clientes potenciais com um atendimento diferenciado, e até mesmo personalizado, aumentando a qualidade do serviço e realizando uma melhor entrega ao cliente”, diz Luciano Gonçalves, Gerente da SM Open Bank, sobre a nova tecnologia.

A primeira fase do open banking, que se inicia hoje (01), deve ir até o dia 15 de julho, quando a segunda fase se inicia. A terceira e quarta fase começam nos dias 30 de agosto e 15 de dezembro, respectivamente.

Segundo Mardilson Fernandes Queiroz, consultor do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, o open banking “é para o sistema financeiro o que a internet foi para os modelos de negócio há 20 anos”.

O Banco Central do Brasil fará um evento ao vivo de apresentação do sistema às 11h. Acompanhe a live, que conta com a presença de Roberto Campos Neto, presidente do BC:


Saiba mais

Após sucesso do Pix, BC aposta em sistema Open Banking


Open Banking: Como funciona?

A implementação das novas tecnologias de open banking aumentam drasticamente o compartilhamento de informações entre as instituições financeiras. São várias as vantagens, a começar pelo incentivo pela livre concorrência entre as instituições, que agora podem ter acesso aos dados de usuários, podendo interagir com eles de acordo com estes dados.

Digamos que, por exemplo, a taxa de juros de um empréstimo é muito alta em um determinado banco. Com a implementação do open baking, outras instituições financeiras podem oferecer alternativas com juros mais baixos ao usuário. A tendência é que isso diminua, em um longo prazo, a taxa de juros pagas por clientes de todo o Brasil.

Além disso, por conta da comunicação e troca de dados avançada, aplicativos aprovados no sistema pelo Banco Central podem analisar situações financeiras de seus usuários. Através da leitura completa, fica mais fácil receber sugestões de investimentos.

As fintechs devem se beneficiar com o novo sistema. Além de provocar uma onda de inovação, novos aplicativos e serviços podem surgir no mercado. Como, por exemplo, algum serviço que se especialize em computar e agregar dados dos usuários, servindo como intermediário entre o cliente e as instituições financeiras.

Cabe ao usuário permitir que os bancos compartilhem esses dados de forma segura  e prática. Porém, no caso de bancos grandes (S1) e médios (S2), a implementação do sistema é obrigatória. 

Na primeira fase de implementação, bancos do tipo S1 e S2 vão começar a ter acesso aos dados gerais, que ainda não incluem dados específicos de clientes. Ou seja, um banco A terá acesso aos tipos de contas, tipos de financiamento e empréstimo de um banco B, possibilitando melhores ofertas aos clientes.

Apenas a partir da segunda etapa que as instituições bancárias terão acesso aos dados de usuários. Na terceira, clientes poderão usar aplicativos intermediários para a realização de pagamento de contas e transferências bancárias. Na quarta, o compartilhamento de dados se estende para outros serviços, como operações de câmbio.

O open banking deve impactar profundamente o mercado brasileiro, provocando uma onda de inovações nas instituições bancárias, que vão precisar se adaptar. A tendência é que cada vez mais o sistema financeiro fique com cara de marketplace, com clientes podendo escolher produtos e serviços.

Segundo Luciano Gonçalves, “o Open Bank certamente veio para ficar, aumentando a eficiência do mercado de crédito, gerando uma competitividade positiva que acarretará na modernização do mercado financeiro, customização de diversos produtos, aumento nas opções de crédito, maior igualdade entre as empresas, e consequentemente um melhor serviço para o cliente final”.

Juan Tasso - Smart Money

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