Curiosidades

1 ano de SM: Confira os assuntos que marcaram nossa live de ‘Retrospectiva de 2021’

5 Minutos de leitura

Aconteceram nesta quinta-feira (28) as lives de comemoração de 1 ano da Smart Money, seu portal confiável de investimentos. 

Foram 365 dias marcados por acontecimentos no mercado financeiro que fizeram a diferença no rumo da história. Tudo isso acompanhado de notícias rápidas, informativas e de boa qualidade. 

Você se lembra de tudo que aconteceu em 2021? 

Pensando nesse tema complexo, trouxemos dois convidados para lá de especiais para analisarem os principais pontos que marcaram o último ano e o que esperar para 2022. 

Às 18h, aconteceu um papo super especial com Jennie Li, estrategista da XP Investimentos, sobre a ‘Retrospectiva de 2021’. 

Antes de entrar na XP, Jennie Li foi analista no J.P. Morgan Asset Management em Nova Iorque, onde conduzia pesquisas sobre economia e mercados de capitais globais, responsável por publicações como o Guide to the Markets, nas versões EUA e América Latina. Antes disso, foi analista do J.P. Morgan Private Bank.  

Jennie é formada em Engenharia Civil pela Cornell University e é credenciada pelo CFA.   

O bate papo foi mediado por Mariana Braga, assessora de investimentos da Messem Investimentos.


Saiba mais

1 ano de Smart Money: as histórias que marcaram o mercado financeiro em 2021


O problema brasileiro é fiscal 

De um dia para outro parece que tudo muda”. 

O mercado brasileiro em 2021 foi marcado pela preocupação com a recuperação econômica, situação fiscal e inflação. Ainda no início de 2021, um relatório da XP Investimentos pontuava exatamente esses três aspectos que os investidores deveriam ficar de olho com o passar dos meses. 

Para Jennie Li, embora o Brasil tenha apresentado uma leve respirada no início do segundo semestre do ano, com o Ibovespa chegando a registrar máximas históricas, o fim de 2021 foi marcado pela retomada dos três fatores que já amedrontavam o mercado. 

Estamos voltando aos velhos hábitos”. 

Para ela, o ponto fiscal brasileiro foi o de maior impacto dos três aspectos. “É crônico”. 

É o fator que mais impacta o desempenho do mercado brasileiro e na confiança do investimento estrangeiro. A mensagem passada para o investidor de fora é que existe uma desorganização fiscal. 

Diversas crises políticas e fiscais marcaram o ano, como o impasse do Orçamento para 2021, que foi resolvido de uma maneira que não exatamente agradou o mercado, PEC dos precatórios e Auxílio Brasil. 

Esses pontos ainda devem influenciar o mercado no início de 2022, já que algumas dessas propostas ainda estão em votações no Congresso Nacional e geram um cenário de incertezas. 

A soma dos impasses, risco de rompimento das responsabilidades fiscais e um cenário de dúvidas desfavorecem o desempenho econômico brasileiro. As projeções para o crescimento econômico brasileiro mudaram muito em relação ao início do ano por conta disso. 

Vacinação ajudou 

O brasileiro é aberto à vacinação, a gente tem um sistema que funciona muito bem”. 

Embora o Brasil tenha sofrido incialmente com o atraso na vacinação da população do país, a boa adesão do brasileiro com a imunização ajudou na recuperação econômica. 

Enquanto que em países como Estados Unidos a baixa adesão à vacina trouxe danos nos planos de imunização e recuperação econômica do país, a agilidade brasileira surpreendeu quem possuía uma visão pessimista sobre o assunto. 

Com o avanço da imunização, a economia que havia parado em 2020 começa a voltar com força, incluindo a de serviços, consumo, transporte e turismo. A superação da pandemia, que antes parecia um sonho um pouco distante, já é uma realidade palpável. 

Esse é um fator importante. O consumo também voltou, as pessoas estão votando às atividades”, disse ela. “A inflação e problema fiscal, porém, tendem a ser detratores para o consumo”. 

Para ela, o cenário atual brasileiro faz com que o horizonte ‘micro’ esteja sólido, com os pequenos empreendimentos se recuperando de um baque de um ano parado. Realidade um pouco diferente do ‘macro’. 

Inflação e Banco Central 

A Selic é um acelerador para quando a economia precisa andar, e um freio quando a inflação está subindo muito”. 

Para Jennie Li, embora os constantes reajustes nos juros básicos do Brasil por conta da inflação prejudiquem as empresas, é importante ressaltar que o cenário poderia estar muito pior caso o Banco Central (BC) não possuísse autonomia. 

O recente cenário de riscos no Brasil, incluindo o risco de furo no teto de gastos e debandada na equipe econômica de Paulo Guedes, provocou uma certa curiosidade do mercado financeiro a respeito das reações do BC no reajuste da taxa Selic. Para a estrategista da XP, porém, a decisão desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) foi moderada. 

Atualmente, a Selic está em 7,75%. A elevação foi de 1,5 ponto percentual. 

Pandemia e Auxílio Emergencial 

2020 foi um ano atípico. No mundo todo, vimos governos e bancos centrais emitindo dinheiro. Governos dando cheques para as pessoas, e por aqui tivemos o Auxílio Emergencial. Mas tudo fez sentido”. 

A pandemia de COVID-19 foi uma das maiores crises sanitárias já registradas na história, e não foi por pouco. Economias inteiras pararam, e mais de 5 milhões de pessoas morreram em todo o mundo pela doença. 

Em um cenário marcado pela paralização, foi natural que governos e bancos centrais de grandes economias reagissem com a criação de pacotes de estímulos para a população e a diminuição das taxas de juros para estimularem o crescimento econômico. 

Nos Estados Unidos, cheques de US$ 1.200 foram distribuídos para a população, em meio a um pacote trilionário que impulsionou diversos setores da economia norte-americana. 

De um modo geral, as economias realmente ‘imprimiram dinheiro’. 

O que chamamos de imprimir dinheiro é a compra de títulos no mercado para manter a fluidez e o bom funcionamento da economia. A gente vai saber se foi um erro ou não depois. No momento de crise, foi o que todos acharam necessário”. 

Por aqui, a situação ainda não está normalizada, e o cenário é agravado por um 2022 marcado pelas eleições presidenciais, que acabam provocando ainda mais gastos do governo. Um deles é a implementação do Auxílio Brasil, programa que substituirá e ampliará o Bolsa Família. 

A dúvida é: de onde vamos tirar esse dinheiro?”. 

Temporada de resultados 

Nos últimos trimestres de 2021 tivemos surpresas muito boas. O mercado esteve bem pessimista do que aconteceu de fato”. 

Para a estrategista da XP, as casas de análises estavam usando uma base de comparação fraca, justamente por conta de um cenário amplamente afetado pela pandemia de COVID-19. 

Trimestre a trimestre, você vê uma progressão, e que tudo está se recuperando”

Para ela, o que ajuda no bom desempenho do mercado é quanto as empresas surpreendem as expectativas, não apenas os resultados em si. Ela aponta, porém, que o macro continua sendo um fator que pode pressionar os resultados das companhias. 

O mercado é sobre expectativa, ele não olha para trás”. 

Juan Tasso - Smart Money

Jornalista Smart Money — Leia, estude, se informe! Apenas novas atitudes geram novos resultados!

1857 posts

Sobre o autor
Jornalista Smart Money — Leia, estude, se informe! Apenas novas atitudes geram novos resultados!
Conteúdos
Postagens relacionadas
ArtigosCuriosidadesDescomplicaEducação Financeira

4 erros de investir na previdência em dezembro

2 Minutos de leitura
Maravilha, tudo bem? Possivelmente você já saiba que a previdência privada do tipo PGBL é o único investimento que oferece um benefício…
CuriosidadesEducação Financeira

Aluguel de ações: entenda como funciona o empréstimo de ativos

4 Minutos de leitura
Para ter sucesso no mundo da renda variável, é importante que o investidor esteja sempre atento aos movimentos do mercado e as…
Curiosidades

FGC: quais investimentos são protegidos?

2 Minutos de leitura
Fundado em 1995, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma das instituições mais importantes do mercado financeiro brasileiro. A entidade é…