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Apesar da inflação, a Páscoa de 2022 deve faturar mais que nos últimos anos

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Os ovos de chocolate com certeza ficaram mais caros neste ano na mesma medida em que a inflação segue pressionando a economia. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), esse feriado de Páscoa terá o maior faturamento desde o início da pandemia em 2020. 

Para a CNC, o faturamento será de R$ 2,16 bilhões na Páscoa deste ano, aumento de 1,9% no volume de vendas comparada com o ano passado e já descontando a inflação. 

Mesmo assim, o faturamento ainda é 5,7% abaixo do registrado em 2019. Neste caso, a pesquisa aponta para a alta de 7% na cesta típica, a maior variação em seis anos. 

Outro ponto a se destacar é a alta anual de 3,93% na cesta de Páscoa, que conta com os principais itens consumidos no feriado, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Mesmo assim, é uma forte desaceleração se comparada com a alta anual de 25,36% registrada no ano passado. 


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Por que os ovos de páscoa são tão caros?


A CNC aponta que parte da desaceleração de preços relacionados à produtos da Páscoa se devem pela variação do câmbio. O preço do bacalhau, por exemplo, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), caiu 3%, mesmo considerando a queda de 17% nas importações. 

“A queda nas importações de bacalhau, na contramão do aumento das quantidades importadas de produtos à base de chocolates, é um indício de que o varejo está apostando na melhor saída de produtos mais baratos a partir da aceleração dos índices gerais de preços”, diz a CNC. 

O bacalhau, porém, é o único item relacionado à Páscoa a apresentar redução nos preços. Os chocolates, por exemplo, segundo dados da CNC, subiram 8,5% na variação anual, leve desaceleração comparada com a alta de 8,8% em 2021. 

O e-commerce deve ser um grande ponto de impulsionamento das vendas no feriado. Segundo o CNC, as vendas via plataformas digitais subirão 6% em 2022 na comparação com o ano anterior.  

O comportamento do consumidor com as plataformas digitais durante a Páscoa é inédito e, para a CNC, praticamente não existia antes do início da pandemia. Para se ter uma ideia do tamanho da importância de crescimento do e-commerce, de 2020 para 2021, as vendas relacionadas à Páscoa subiram 697%. 

É resultado de uma adaptação do comércio e do consumidor em um momento marcado pelo isolamento social e paralisação econômica. As vendas em plataformas digitais foram um refúgio natural para empresas que buscam medidas para mitigar os efeitos negativos da pandemia. 

Juan Tasso - Smart Money

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