Segundo o Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC) contando com a projeção de mais de 100 instituições financeiras, a inflação brasileira deve terminar o ano em 7,05%.
Comparado com a semana passada, as projeções aumentaram em 0,17%. Em um mês, as apostas para o IPCA já subiram 0,74%.
A inflação brasileira ainda deve ficar muito acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 5,25%.
A alta nas projeções quanto a inflação brasileira é causada por diversos motivos. Quanto aos efeitos mais diretos, as altas nos preços dos combustíveis nas refinarias trouxeram pressões inflacionárias ao índice publicado pelo IBGE nos últimos meses.
Outro fator de preocupação é a crise hídrica que afeta o Sudeste e Centro-oeste do país. Segundo órgãos governamentais, a seca deve durar até novembro. Até lá, o governo tenta resolver a crise no abastecimento com o ativamento de usinas termelétricas.
Como a energia elétrica proveniente das termelétricas é mais cara, a conta de luz paga pelos brasileiros aumentou nos últimos meses.
Com as pressões inflacionárias preocupando o setor financeiro, as expectativas quanto à meta Selic, principal instrumento do governo de tentativa de controle da inflação, também aumentaram.
A taxa básica de juros do país deve terminar o ano em 7,50% a.a. Comparado com a semana passada, é um aumento de 0,25 pontos percentuais.
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PIB e câmbio
As expectativas quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) começaram a se deteriorar após meses marcados pelo otimismo do mercado financeiro quanto à recuperação brasileira.
As apostas quanto ao PIB caíram 0,02 p.p., ficando em 5,28% no boletim desta semana.
Quanto ao câmbio, as projeções de um Dólar custando R$ 5,10 se mantiveram.