Quem acordou cedinho durante essa semana sabe: está frio.
Até o domingo (22), a previsão dos meteorologistas é de uma frente fria que deve atingir boa parte do país, trazendo quedas bruscas de temperaturas e chuvas fortes em algumas regiões.
Para o agricultor, a semana atípica de baixas temperaturas significa um maior risco para o registro de geadas e perdas de safras. Segundo especialistas, isso pode afetar os produtos alimentícios que são mais sensíveis.
Em Mina Gerais, por exemEm Mina Gerais, por exemplo, a expectativa de colheita de café para 2022 caiu em quase 20%, segundo dados da Empresa de Assistência Rural de Minas Gerais (Emater), por conta de problemas relacionados ao clima.
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Segundo as previsões, registros de geadas devem acontecer nos próximos dias nas regiões Sul, Mato Grosso do Sul, Mina Gerais e São Paulo.
Hortaliças, bananas, café e cana-de-açúcar podem ser as grandes prejudicadas da chegada da nova frente fria. Para o produtor, isso significa menos lucros com as vendas de alimentos. Para o consumidor, a qualidade do produto pode cair e o preço subir.
Os produtos alimentícios são os que mais subiram nos últimos meses de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O tomate, por exemplo, diretamente afetado pelas geadas, já subiu 103,26% nos últimos 12 meses considerando os dados da inflação de abril, enquanto o café moído inflou 67,53%.
A alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis são os principais agregadores da inflação brasileira dos últimos meses. O mercado energético é duramente impactado pela guerra na Ucrânia, enquanto o setor alimentício, principalmente o de grãos, tem disjunções nas cadeias de distribuição.
Até o momento, as quedas de temperatura registradas na madrugada desta terça-feira (18) não indicam que as geadas serão severas, embora seja importante estar atento.