A Snap (SNAP), popularmente conhecida pelo seu aplicativo de rede social de fotos, Snapchat, passa por um péssimo ano.
Com a divulgação dos seus resultados do segundo trimestre deste ano, a companhia teve uma queda abrupta de 38,26% na NYSE, a US$ 10,10 por ação, às 14h40 desta sexta-feira (22).
Na comparação anual, a SNAP já perdeu 78,32% do seu valor de mercado. No acumulado do ano, perdeu 36,49%.
As vendas da companhia ficaram em US$ 1,11 bilhão no segundo trimestre, um pouco abaixo do esperado pelo mercado e 13% a mais que os resultados no mesmo período do ano passado.
A base de usuários na plataforma continua forte, com 347 milhões no segundo trimestre, crescimento de 15 milhões na comparação anual.
Embora os resultados não imediatamente sinalizam um problema profundo na plataforma, a companhia deixou claro em um comunicado emitido para os investidores de que não está feliz com os resultados:
“Nossos resultados financeiros do 2T22 não refletem a escala de nossa ambição. Nós não estamos satisfeitos com os resultados que estamos entregando”, disse a Snap.
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Nos últimos anos, o Snapchat enfrenta uma ferrenha concorrência com as redes do Meta e o TikTok, mesmo registrando uma forte base de usuários. A plataforma TikTok, por exemplo, da chinesa ByteDance, viu sua base de usuários inflar 1.157,76% em 2 anos até 2020.
Além disso, as novas medidas da Apple, hoje a maior companhia em base de usuários de smartphones nos Estados Unidos, quanto as políticas de privacidade, acabaram atingindo em cheio o modelo de negócios da Snap.
A Apple hoje permite que os usuários bloqueiem os trackers, ferramentas que montam uma base de dados dos consumidores de aplicativos e redes sociais e as distribuem para melhorar as propagandas direcionadas das empresas.
O sintoma do problema está nos seus resultados líquidos da Snap, que registrou negativos US$ 422 milhões no segundo trimestre, ampliando as perdas de US$ 152 milhões do ano anterior.
Em resposta às novas políticas da Apple, a Snap tenta encontrar outras maneiras de gerar receita e monetizar os usuários de sua plataforma. Uma dessas alternativas foi o lançamento do Snapchat+, um serviço pago contando com inúmeras vantagens, como o acesso a versão web da rede social.
Até que as ideias tenham um retorno consistente, porém, a companhia anunciou que deve reduzir seu ritmo de contratações, além de ter um pulso mais firme com os gastos. Segundo a Snap, isso ainda deve levar um tempo.
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