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Turquia e Argentina lideram o ranking da inflação entre os países do G20

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Após anos marcados pela pandemia, problemas na cadeia de suprimento globais e uma guerra na Ucrânia, a inflação deixou de ser um problema local e passou a ser uma dor de cabeça de todo o globo. 

O mercado energético é um dos grandes vilões da inflação da maioria dos países desenvolvidos, especialmente os europeus. Por lá, o gás natural está no palco principal, com preços afetados por embates diplomáticos com a Rússia. 

O gás natural, inclusive, está mais caro hoje que quando a guerra iniciou na Ucrânia. De acordo com a plataforma ICE, os contratos futuros do TTF holandês estão custando € 257 por megawatt-hora às 15h30 desta sexta-feira (19). 

Nos Estados Unidos, muitos economistas acreditam que a inflação está disseminada, e os últimos dados do mercado de trabalho, que continua apertado, parecem confirmar essa hipótese. 

A Zona do Euro enfrenta hoje uma inflação anual de 8,9% em julho, um recorde para o bloco, enquanto a dos EUA soma 8,5% no acumulado dos últimos 12 meses. 

A alta nos preços dos países obrigou as principais economias do mundo a aumentarem suas taxas de juros para tentar controlar o IPC. 

Mesmo com a inflação chegando a dois dígitos nos EUA e na Zona do Euro, entre os países participantes do G20, o país que mais apresentou alta nos preços subiu mais de 8 vezes mais que isso. 

Trata-se da Turquia, que registrou uma inflação anual de 79,6% segundo dados de julho. Por lá, os custos de transportes, impactados pela alta energética, subiram 123,37%. Alimentos e bebidas não-alcóolicas saltaram 93,93% no período. 

Além dos efeitos de uma crise energética global, o país enfrenta uma forte desvalorização de sua moeda, Lira, que caiu mais de 53% ante o Dólar em um ano. 

Surpreendentemente, porém, o BC turco se movimentou nesta semana e cortou os juros em 1 p.p. para 14%. 

Abaixo, acompanhe como anda a inflação das economias do G20: 


Saiba mais

Inflação dos EUA tem crescimento nulo em julho


Em segundo lugar no ranking, a Argentina registra uma inflação anual de 71% em julho, acompanhada também de uma forte desvalorização da moeda. Diferente da Turquia, porém, que alega estar atingindo o pico da inflação, a Argentina pode enfrentar uma taxa acima de 100% nos próximos meses. 

Isso porque a tarifa dos serviços públicos deve aumentar nos próximos meses na mesma medida em que o peso argentino deve continuar desvalorizando. 

O que se montou no país foi um caos econômico, simbolicamente representado nas trocas de ministro da Economia. Em um mês, foram três: renúncia de Martín Guzmán no início de julho e demissão de Silvina Batakis vinte dias depois. Agora, a tarefa está com Sergio Massa. 

Isso é um dos motivos para a forte desvalorização do peso argentino, já que o mercado não reage bem ao caos político acompanhado da crise econômica. 

Para especialistas do mercado, o problema argentino está no imenso déficit fiscal criado com a emissão galopante de moeda, criando uma inflação sem precedentes no nosso país vizinho. 


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Juan Tasso - Smart Money

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